A montadora chinesa BYD reagiu com ironia à carta enviada por General Motors, Stellantis, Toyota e Volkswagen ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na qual pedem a redução temporária da alíquota de importação para veículos eletrificados desmontados nos regimes SKD (semidesmontados) e CKD (completamente desmontados).
Atualmente, a alíquota é de 16% para modelos SKD e 18% para CKD, com vigência até 2028. As empresas argumentam que a medida pode gerar a demissão de 5 mil funcionários e impedir a contratação de outros 10 mil, afetando toda a cadeia produtiva.
Em resposta, a BYD classificou as montadoras tradicionais como “dinossauros” e afirmou que os consumidores brasileiros foram “obrigados a pagar caro por tecnologia velha e design preguiçoso”. A montadora destacou que o desconforto da concorrência mostra a eficácia da nova política industrial: “Se os dinossauros estão gritando, o meteoro está funcionando”.
A chinesa ainda provocou ao citar a reação do mercado com sua entrada no país. “Chega uma empresa chinesa que acelera fábrica, baixa preço e coloca carro elétrico na garagem da classe média, e os dinossauros surtam. Não foi por acaso que uma concorrente reduziu o valor de um modelo elétrico em mais de 100 mil reais depois da chegada da BYD. Por que antes custava tanto?”, questionou.
Foto: Feijão Almeida/GOVBA
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