A praia da Boa Viagem foi palco, nesta sexta-feira (25), de mutirão de limpeza promovido pelo Movimento Plástico Transforma, em parceria com a empresa SOLOS e apoio da Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-Estar e Proteção Animal (Secis). A iniciativa contou com a participação de cerca de 70 crianças do Colégio Estadual Luiz Tarquínio, que, além da coleta de resíduos na praia, participaram de atividades educativas.
Para o gestor da Secis, Ivan Euler, a presença da Prefeitura em ações como essa é parte fundamental de uma política pública de sustentabilidade integrada. “A gestão municipal tem investido continuamente em ações que promovam a consciência ambiental. Estar presente em iniciativas como essa é essencial para consolidar uma cultura de sustentabilidade e cidadania. É nas pequenas ações do dia a dia que transformamos a cidade”, afirma Euler.
Como parte da metodologia do projeto, os alunos receberam uma breve capacitação na quinta-feira (24), com orientações sobre os diferentes tipos de materiais recicláveis e o ciclo dos resíduos. No dia do mutirão, foram divididos em grupos para aplicar o conhecimento adquirido em uma coleta prática e lúdica na orla. Todos os resíduos coletados serão encaminhados para uma cooperativa parceira, garantindo destinação correta, geração de renda para catadores e reaproveitamento do material como matéria-prima.
Beatriz Geraldes, integrante do grupo técnico do Movimento Plástico Transforma, uma iniciativa do PICPlast (Plano de Incentivo à Cadeia do Plástico, liderado por Abiplast e Braskem), destaca o impacto formativo da ação. “Iniciativas como essa mostram que a educação ambiental vai muito além da sala de aula. Ao vivenciar a coleta na praia, as crianças aprendem, de forma concreta, o valor da preservação e desenvolvem o senso de responsabilidade com o planeta, algo essencial para formar cidadãos mais conscientes”, avalia.
Essa é a quarta edição do mutirão promovido pelo Movimento Plástico Transforma em praias da Bahia. As anteriores ocorreram no Farol da Barra (2023) e Tubarão (2024), ambas em Salvador, e Guarajuba (2024), em Camaçari, sempre com participação ativa de voluntários e escolas locais. A proposta é que as crianças e jovens se tornem multiplicadores desse conhecimento em suas comunidades, promovendo mudanças práticas em seus hábitos e nos de suas famílias.
A líder de negócios da SOLOS, Saville Alves, reforça a importância de levar educação ambiental a públicos diversos. “Ver essas crianças engajadas é a prova viva de que a educação ambiental se faz na prática. Vai muito além da teoria, ao colocar as mãos na massa e entender o ciclo do resíduo – da praia para a cooperativa, gerando renda e nova matéria-prima. Essas crianças se tornam agentes de transformação. E é nesse processo tangível que semeamos o senso de responsabilidade e o carinho pelo nosso planeta, construindo, passo a passo, um futuro mais sustentável, justo e digno para todos”, diz.
Fotos: Divulgação