A maior competição internacional de robótica e inteligência artificial do mundo, a Robocup 2025, tem a participação de equipes de estudantes e pesquisadores que desenvolvem robôs autônomos para cumprir desafios do cotidiano, como tarefas domésticas, resgate em situações de desastre e partidas de futebol. Eles atuam de forma totalmente autônoma, sem qualquer controle humano durante as provas. Além das competições, o evento inclui congressos científicos, concursos de teses e espaços para divulgação de pesquisas e inovações tecnológicas.
O evento visa fomentar o desenvolvimento científico por meio de desafios tecnológicos e teve a abertura oficial na quarta-feira (16), no Centro de Convenções. Entre as atrações está o estande do Governo do Estado, com apresentações de projetos de robótica desenvolvidos por estudantes e educadores da rede estadual. Nesta edição, que segue até 21 de julho, participam mais de três mil competidores de cerca de 40 países.
A chefe de gabinete da Secretaria de Educação do Estado, Luciana Menezes, ressaltou a importância do protagonismo estudantil através da robótica nas escolas. “A robótica educacional é uma estratégia pedagógica inovadora que integra tecnologias digitais ao currículo escolar. Nesta perspectiva, a SEC adquiriu 21 kits de robótica, com o investimento de R$ 3,5 milhões, para 21 escolas da rede estadual, fortalecendo o acesso à tecnologia e a práticas pedagógicas inovadoras”, afirmou. Destacou, ainda, a transversalidade entre as secretarias da Educação e de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) para promover a transformação na vida de estudantes da rede pública, através da facilitação do acesso às novas tecnologias.
Protagonismo tecnológico
Um dos destaques da Secretaria da Educação do Estado (SEC) no evento é o estande do Maria Felipa LAB, laboratório de invenção e cultura maker, vinculado ao Instituto Anísio Teixeira (IAT). Nele são apresentados diferentes projetos estudantis, envolvendo temas voltados à robótica com inteligência artificial, visão computacional, automação, sensores ambientais e tecnologias educacionais.
Dentre os projetos estão o “Mão robótica controlada por visão computacional” e o “Braço robótico autônomo”. Além disso, os participantes também podem vivenciar experiências interativas através de produtos digitais interativos, como o “2 de Julho (VR): levante dos invisíveis” e os jogos “Metaverso no 2 de Julho: A Batalha de Pirajá” e “Interceptadores”.
A Universidade do Estado da Bahia (UNEB), que integra a comissão organizadora do evento, também está atuando por meio do seu Centro de Pesquisa em Arquitetura de Computadores, Sistemas Inteligentes e Robótica (ACSO), com a colaboração de cinco pesquisadores da instituição. Na competição, a UNEB está representada pela equipe BahiaRT, que está disputando nas categorias Futebol de Robôs Simulados 3D, RoboCup @Home, RoboCup Flying Robots e RoboCupJunior Rescue Simulation.
Fruto de uma parceria com a ACSO, iniciada em 2023, duas equipes do Colégio da Polícia Militar (CPM) Lobato, de Salvador, estão participando do evento com robôs virtuais de resgate com abordagens distintas. A equipe BravoBot usa mapeamento via tecnologia de sensoriamento, enquanto a equipe EchoBot foca na precisão com sensores de distância.
Foto: Memo Soul