O governador Jerônimo Rodrigues (PT) e o ex-prefeito de Salvador ACM Neto (UB) voltaram a trocar críticas nesta semana. Ambos são apontados como possíveis adversários na disputa pelo governo baiano em 2026.
Durante visita à cidade de Casa Nova no domingo (13), Neto participou da Festa do Interior e, em coletiva, criticou a gestão estadual no que se refere ao desenvolvimento econômico nas regiões do interior.
Ele citou a fruticultura no Sertão do São Francisco como exemplo de setor promissor pouco explorado. “Chamamos atenção, desde a eleição passada, para o potencial da fruticultura e para o que se pode ampliar em termos de plantas industriais. É possível atrair investimentos nacionais e internacionais que gerem empregos, aumentem a produção da região e deem à Bahia um peso ainda maior no mercado brasileiro e no cenário de exportação”, disse Neto.
O ex-prefeito também afirmou que o governo estadual ignora as vocações econômicas do interior. “Isso tudo mostra a necessidade de um novo olhar, de uma nova visão para o futuro, especialmente para quem acredita na força produtiva do interior da Bahia e no estímulo às vocações de cada uma das suas regiões”, afirmou.
Em resposta, Jerônimo ironizou Neto na manhã desta segunda-feira (14), em entrevista concedida antes de uma reunião com o setor produtivo. “Ele agora é um dançarino, não vi ele fazendo nada, só dançando forró. E dançava muito mal. Vou ter que botar ele em uma escola de dança, porque ele dança mal”, brincou.
A reunião do governador com representantes da indústria e do comércio ocorreu após o anúncio da tarifa de 50% imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.
“Eu quero ouvir qual a demanda do setor, da Fieb, da Faeb, da Fecomércio, para que eu possa colocar na pauta do presidente do Brasil. O que o setor produtivo colocar aqui, analisarei e pegarei nas mãos, como sempre faço, para defender a produtividade do Brasil”, afirmou Jerônimo.
Foto: Thuane Maria/GOVBA e Divulgação