Bahia Econômica: A Byd foi inaugurada e vai abrir mais de 500 novas vagas de emprego na unidade? Qual a expectativa de criação de emprego na unidade nessa primeira fase? E nas demais?
Augusto Vasconcelos – Já existem 900 trabalhadores atuando na fábrica. Na semana passada mais 508 vagas de emprego foram disponibilizadas por meio do SineBahia, o nosso serviço de intermediação para o trabalho, através de entendimento com os executivos da empresa para garantir que trabalhadores baianos sejam contemplados com as oportunidades. A expectativa é de que sejam gerados 20 mil postos de trabalho diretos e indiretos, quando a fábrica estiver em pleno funcionamento.
BE: Como a Setre vem trabalhando na qualificação profissional para atender a BYD e outras empresas?
AV – Ano passado, a nossa Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), em conjunto com o SENAI, implantou um programa de qualificação profissional com foco na indústria automobilística. Alguns desses profissionais, inclusive, estiveram na China se especializando, e novas turmas devem ser lançadas. Além da ação para as vagas da BYD, temos diversos outros programas de qualificação, a exemplo do Qualifica Bahia, do Manoel Querino e do Trilha.
BE: No primeiro trimestre de 2025, a taxa de desemprego na Bahia ficou em torno de 10%, a menor para o primeiro trimestre em 13 anos. Esse desempenho representa uma retomada do crescimento do emprego e da economia?
AV – Não temos dúvidas. Lideramos a geração de empregos no Nordeste. Temos aproveitado o bom momento da economia brasileira e estamos trabalhando para atrair novos investimentos para gerar mais empregos, além de fortalecer um amplo programa de qualificação profissional e intermediação de mão de obra, por meio do SineBahia.
BE: Em relação ao Caged, emprego com carteira assinada, a Bahia também vem registrando bom desempenho. Qual o volume de emprego gerado?
AV – O novo Caged mostra que, nos cinco primeiros meses do ano, cerca de 60 mil novos postos de trabalho com carteira assinada foram gerados na Bahia, o melhor desempenho entre os estados nordestinos. O resultado é fruto do esforço que temos feito para atrair novos investimentos, ampliando a qualificação profissional e fortalecendo o sistema de intermediação para o trabalho. Seguimos empenhados para manter a Bahia na liderança da geração de empregos no Nordeste.
BE: Que setores contribuíram mais? E em relação a RMS e interior?
AV – De janeiro a maio, todos os grandes grupamentos registraram resultado positivo. O setor de Serviços (+33.661 vagas) foi o de maior saldo. Em seguida, Indústria geral (+11.428 vínculos), Construção (+7.979 empregos), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+5.538 empregos) e Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (+714 vagas).
BE: As obras de infraestrutura que vem sendo realizadas pelo poder público estão contribuindo para o aumento do emprego?
AV – Sim, podemos citar o avanço das obras do VLT, a Ponte Salvador-Itaparica, investimentos em estradas e infraestrutura urbana. Estamos trabalhando para avançar a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, o Porto Sul e a retomada do Estaleiro Enseada Paraguaçu, por exemplo.
