A Embraer está entre as empresas brasileiras mais afetadas pela proposta de tarifa de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pode entrar em vigor a partir de 1º de agosto. A companhia informou que está analisando os possíveis impactos da medida “com as autoridades competentes”.
Em nota enviada ao portal UOL, a fabricante brasileira de aeronaves afirmou que considera a possibilidade de a tarifa não atingir o setor aeronáutico. Caso contrário, disse que buscará restabelecer a alíquota zero para importações de aviões, peças e componentes. As ações da Embraer chegaram a cair 7% na última quinta-feira (10) e encerraram o dia com queda de 3,5%.
Exportações no foco
Atualmente, 24% do faturamento da Embraer vem das exportações para os EUA. A empresa atua no mercado americano há 45 anos, onde mantém duas fábricas, três mil empregados e mais de US$ 3 bilhões em ativos. Na Flórida, a produção inclui o caça Super Tucano, em Jacksonville, e jatos executivos, em Melbourne.
O que diz a Embraer
“A Embraer informa que está avaliando os possíveis impactos em seus negócios da possibilidade de aumento de tarifa anunciada ontem pelo governo americano sobre os produtos brasileiros, caso o decreto se aplique à indústria de aviação no Brasil. Tais impactos serão abordados em nossa próxima conferência de resultados do segundo trimestre, no dia 05 de agosto. A empresa está trabalhando com as autoridades competentes visando restabelecer a alíquota zero dos impostos de importação para o setor aeronáutico”, declarou a companhia.
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