Diante do alerta emitido pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nesta segunda-feira (8), sobre o risco de déficit de potência no país, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) voltou a defender a adoção do horário de verão.
“Não restam dúvidas de que o retorno do horário de verão é necessário. É uma solução de baixo custo, tecnicamente recomendada pelo ONS, que traz efeitos positivos sobre o sistema energético, a economia e a vida nas cidades”, afirma Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.
Além de ser uma alternativa viável para que não haja sobrecarga do sistema elétrico no segundo semestre de 2025, a Abrasel destaca que, com o adiantamento do relógio, há uma ampliação da circulação de pessoas entre 18h e 21h. Segundo a Associação, esse movimento pode resultar em aumento de até 50% no movimento dos bares e restaurantes nesse período, o que geraria acréscimo médio de 10% a 15% no faturamento mensal de milhares de pequenos negócios em todo o Brasil. Estimativas divulgadas no ano passado por associações de lojistas no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, também apontaram aumento de 4% no faturamento das lojas de rua.
Além dos ganhos econômicos, a Abrasel destaca os impactos positivos sobre a segurança pública e a saúde. “Mais luz natural à noite reduz a sensação de insegurança e promove mais qualidade de vida e bem-estar, além de contribuir com a redução do uso de fontes poluentes, como as usinas termelétricas”, completa Solmucci.
Uma pesquisa realizada em 2024 pelo site Reclame Aqui, em parceria com a Abrasel, trouxe informações sobre a opinião dos consumidores em relação ao retorno do horário de verão: segundo o levantamento, 54,9% dos consumidores se disseram favoráveis ao horário de verão. Entre os motivos citados, estão a economia de energia (43,6%), mais tempo para lazer (47,9%) e sensação de maior segurança (35,2%). Além disso, os consumidores também foram questionados sobre possíveis benefícios econômicos: quando perguntados se o horário de verão é benéfico para a economia do comércio em geral, 51,77% disseram que “sim”.
Foto: midjourney