A Petrobras anunciou que irá investir R$ 23 bilhões até 2029 na expansão do Complexo de Energias Boaventura, localizado no Rio de Janeiro. O valor integra um plano maior, com aporte médio de R$ 33 bilhões destinado aos setores de refino e petroquímica dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.
O complexo, que ocupa a área do antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), foi alvo da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, em 2014. À época, as obras foram embargadas por suspeitas de corrupção. Agora, o empreendimento será destinado à produção de combustíveis renováveis, como SAF (querosene de aviação sustentável) e diesel renovável (HVO), com capacidade prevista de 19 mil barris por dia.
Investimentos e expansão
Segundo documentos de 2022, o custo da obra, inicialmente estimado em R$ 1,94 bilhão, ultrapassou os R$ 3 bilhões devido à pandemia e a alterações no projeto original.
A Petrobras já havia iniciado as operações comerciais da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), destinada à produção de gás natural, gás liquefeito de petróleo (GLP) e C5+. A primeira fase da UPGN atingiu 21 milhões de metros cúbicos diários de produção.
Outra unidade que receberá investimentos é a Refinaria Duque de Caxias (Reduc), que contará com aporte médio de R$ 6,26 bilhões. O objetivo é ampliar a produção de diesel S-10, diesel R7 (com 7% de conteúdo renovável), querosene de aviação (QAV) e lubrificantes, além de executar manutenções estruturais.
Além disso, a estatal irá investir R$ 4,3 bilhões na ampliação da unidade de polietileno da Braskem, também em Duque de Caxias. Com isso, a capacidade de produção aumentará em 230 mil toneladas por ano.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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