Pressionada pela queda no preço de diversas commodities, bens primários com cotação internacional, e pelo consumo de importados, a balança comercial registrou o superávit mais baixo para meses de junho em seis anos. No mês passado, o país exportou US$ 5,889 bilhões a mais do que importou, queda de 6,9% em relação ao registrado no mesmo mês de 2024.
Os números foram divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). O superávit em junho é o menor desde 2019, quando o resultado positivo ficou em US$ 4,362 bilhões.
A balança comercial acumula superávit de US$ 30,092 bilhões nos seis primeiros meses de 2025. O valor representa queda de 27,6% em relação aos mesmos meses do ano passado e é o pior para o período desde 2020, quando houve superávit de US$ 22,295 bilhões.
Parte do recuo no valor acumulado ocorreu porque a balança comercial teve déficit de US$ 471,6 milhões em fevereiro, motivado pela importação de uma plataforma de petróleo.
As exportações subiram levemente, mas as importações cresceram ainda mais. Em junho, o país exportou US$ 29,147 bilhões, alta de 1,4% em relação ao registrado no mesmo mês do ano passado. Esse é o terceiro maior valor da história, só perdendo para junho de 2022 e 2023.
As importações somaram US$ 23,257 bilhões, alta de 3,8% na mesma comparação. O valor é o segundo maior valor da série histórica para o mês, só perdendo para junho de 2022.
Ao analisar a quantidade exportada e os preços médios, o volume de mercadorias exportadas subiu 6,1%. Os preços, no entanto, recuaram 4,3% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado, refletindo a queda no valor das commodities. Nas importações, a quantidade subiu 5,8%, impulsionada pelo crescimento econômico, mas os preços médios recuaram 1,1%.
Foto: Arquivo/26.07.2012/Tânia Rêgo/Fonte: Agência Brasil