O Partido dos Trabalhadores (PT) realiza no próximo domingo (6) eleições internas para definir seus novos dirigentes em nível nacional, estadual e municipal. O processo será simultâneo em todo o Brasil e envolverá milhares de filiados.
A corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária na legenda há mais de duas décadas, projeta manter a hegemonia e deve vencer em pelo menos 18 estados, segundo a Folha de S. Paulo. As exceções podem ser Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rio Grande do Norte, Amazonas e Amapá. Em Mato Grosso e Alagoas, o cenário segue indefinido.
Para a presidência nacional, o nome favorito é o do ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa é que ele obtenha mais de 60% dos votos.
Também estão na disputa Valter Pomar (Articulação de Esquerda), Romênio Pereira (Movimento PT) e o ex-presidente do partido Rui Falcão (Novo Rumo).
Na Bahia
O atual presidente estadual do PT, Éden Valadares, não concorrerá à reeleição após seis anos no comando. Segundo ele, a decisão foi tomada após conversas com aliados e familiares. “Chegou o momento de dar espaço a novas lideranças”, afirmou.
O principal nome para sucedê-lo é Tássio Brito, atual secretário de Finanças do PT-BA, que tem o apoio do senador Jaques Wagner. Nos bastidores, Wagner articulou a unificação de forças internas, incluindo um acordo com a Democracia Socialista (DS), que retirou a pré-candidatura de Liliane Oliveira em troca do apoio a Tássio.
Além disso, Wagner apoiou a retirada da candidatura de Cema Mosil à direção municipal de Salvador, abrindo espaço para Ana Carolina, nome defendido pela DS.
Com trajetória ligada ao movimento estudantil, Tássio já foi coordenador-geral do DCE da UESC e vice-presidente da UNE.
Foto: Divulgação / PT