No dia 1º de julho é celebrado o Dia da Vacina BCG, um imunizante fundamental para a prevenção das formas graves da tuberculose, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar. Reconhecida como um dos maiores avanços da medicina preventiva, a vacina BCG é aplicada há mais de um século, contribuindo de forma decisiva para a redução dos casos e óbitos pela doença em todo o mundo.
No Brasil, a vacina foi incorporada ao calendário básico de vacinação em 1977, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, tornando-se obrigatória para crianças. A aplicação é recomendada logo após o nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas de vida. Em situações em que o recém-nascido apresenta peso inferior a 2 kg, a imunização deve ocorrer tão logo a criança atinja o peso, sendo permitida até os 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade.
A tuberculose é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, também conhecida como bacilo de Koch. Embora os pulmões sejam os órgãos mais afetados, a doença também pode atingir ossos, rins e meninges. Os sintomas incluem tosse persistente (com ou sem sangue), dor no peito, falta de ar, febre, fraqueza, perda de peso e sudorese noturna. A transmissão acontece por via aérea, principalmente por gotículas eliminadas durante a fala, tosse ou espirro de pessoas contaminadas.
Apesar dos avanços no tratamento, a tuberculose ainda representa um grave problema de saúde pública global. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem e aproximadamente um milhão morrem todos os anos devido à doença.
A vacinação com a BCG continua sendo uma estratégia essencial para conter a disseminação da tuberculose, sobretudo nas formas mais graves que afetam crianças pequenas. No entanto, a percepção equivocada de que a doença está erradicada tem contribuído para a hesitação vacinal.
“Há uma falsa percepção de que a tuberculose não representa mais uma ameaça significativa, o que tem levado à hesitação vacinal. No entanto, evidências epidemiológicas comprovam que a ampla cobertura com a BCG continua sendo uma estratégia essencial para a redução dos casos graves da doença, ou seja, quanto mais crianças estejam com seu calendário vacinal atualizado, menores são as possibilidades de disseminação das doenças” , destaca a subcoordenadora de Imunização da Secretaria Municipal da Saúde, Taciana Matos.
Em Salvador, entre os meses de janeiro e maio deste ano, cerca de 71,4% do público-alvo foi vacinado. A vacina BCG está disponível em 79 unidades de saúde da capital baiana. Para vacinar a criança, basta comparecer à unidade mais próxima da residência portando a certidão de nascimento ou a Declaração de Nascido Vivo (DNV), além da caderneta de vacinação, se já houver.
A ampliação da cobertura vacinal é essencial para garantir a proteção individual e coletiva e reforça o compromisso do município com a saúde pública e a prevenção de doenças evitáveis.
Foto: Bruno Concha/Secom PMS
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