O texto começa já falando o desafio do Brasil na cúpula dos Brics, que ocorrerá no Brasil, em que terá de lidar com a questão do Irã após os ataques de Israel e dos Estados Unidos. A nota oficial do Itamaraty condenando os bombardeios afirmando que são uma violação da soberania e direito internacional ‘colocou o Brasil em desacordo com todas as outras democracias ocidentais, que ou apoiaram os ataques, ou apenas expressaram preocupação’, diz a The Economist.
A revista comenta as dificuldades que Lula vem tendo no cenário internacional. Cita quando foi até a Rússia nas celebrações do fim da Segunda Guerra Mundial e tentou se colocar como mediador para o conflito na Ucrânia, relembrando Vladimir Putin não demonstrou interesse. O artigo comenta também sobre os desafios na política interna para Lula. Ele, com queda no índice de popularidade e vendo a rejeição aumentando, ainda enfrenta desafios grandes para as eleições de 2026, segundo a revista.
‘Bolsonaro provavelmente será preso em breve por supostamente planejar um golpe para permanecer no poder após perder uma eleição em 2022. Ele ainda não escolheu um sucessor para liderar a direita. Mas se o fizer e a direita se unir a essa pessoa antes das eleições de 2026, a presidência será deles’, escreveu a The Economist. Além disso, o texto também destaca as dificuldades de relação com o Congresso Nacional, relembrando a derrota no decreto que elevava o IOF na semana passada: ‘Foi a primeira vez em mais de 30 anos que parlamentares derrubaram um decreto executivo, o que deixará o governo com menos espaço fiscal para gastos antes das eleições gerais do próximo ano’, diz o artigo.
O texto finaliza com uma crítica à Lula falando das difíceis relações com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da dificuldade em qualquer resolução que buscou sobre os conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia. O texto completa afirmando que Lula deveria ‘se concentrar em questões mais próximas’.
Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil