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FACULDADE PITÁGORAS DE MEDICINA APRESENTA PESQUISA SOBRE SAÚDE DE PESSOAS TRANS EM CONGRESSO E LANÇA DICIONÁRIO INCLUSIVO

João Paulo - 30/06/2025 13:20

Em 2024, por meio do projeto financiado pela Funadesp intitulado “ATENÇÃO À SAÚDE DE PESSOAS TRANS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: um estudo à luz da Teoria das Representações Sociais”, a instituição contou com a participação de 100 estudantes de medicina e pessoas trans de diferentes regiões do Brasil. Essa pesquisa foi fundamental para a criação de um dicionário inclusivo, que buscou promover maior compreensão, respeito e inclusão no âmbito da atenção à saúde. Nesse mesmo ano, a coleção de conhecimentos resultante do estudo consolidou-se na elaboração do “Dicionário LGBT na Saúde”, uma cartilha acessível com conteúdo essencial para estudantes, profissionais e equipes de saúde. Com 12 páginas, a cartilha oferece explicações claras sobre quem são as pessoas trans, como se dirigirem a elas, além de orientações sobre os cuidados mais importantes no acolhimento e atendimento desse público.

Em 2025, as pesquisas continuaram com a elaboração do projeto de Iniciação Científica “Desafios enfrentados pelas mulheres trans na atenção à saúde segundo a perspectiva dos estudantes de medicina”, desenvolvido com o apoio do CNPq. Esse trabalho foi apresentado no II Congresso Nordestino de Educação Médica, realizado na Universidade Federal da Bahia (UFBA) ao final de maio, fortalecendo o debate sobre a temática.

O estudo, desenvolvido pelas alunas Mariana Lopes Rios e Tatiana Gambareli Sanches sob orientação da professora Dra. Henika Priscila Lima Silva, reflete o compromisso da instituição com a formação de profissionais de saúde mais humanizados, éticos e sensíveis às demandas sociais.

“A desinformação ainda é um obstáculo para o cuidado integral e humanizado. Nosso objetivo é fornecer informações práticas e fundamentadas em políticas públicas de saúde, de modo que os futuros profissionais se sintam mais seguros e preparados para oferecer um atendimento digno. Investir na formação continuada dos profissionais de saúde é fundamental para garantir um cuidado qualificado e livre de discriminação”, destaca a professora Henika Priscila Lima Silva, do curso de Medicina.

Segundo dados da Política Nacional de Saúde Integral LGBT+, o acesso universal e equitativo à saúde é um direito garantido a essa população, embora ainda existam obstáculos decorrentes de estigmas e preconceitos. A cartilha busca justamente ajudar a superar essas barreiras, promovendo uma prática médica mais inclusiva, respeitosa e qualificada.

A participação da Faculdade Pitágoras de Medicina em ações como essas reforça seu papel como uma instituição de ensino comprometida com uma formação médica mais crítica, inovadora e alinhada às transformações sociais do país.

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