Resistir às delícias juninas à mesa é sempre um desafio. E aquele cheirinho da pipoca estourando na panela é uma tentação! Preparada no óleo, na manteiga, na água, só com sal, com especiarias ou até com cubinhos de queijo, a pipoca ganha um toque especial que agrada aos paladares mais exigentes — até mesmo os de quem está de dieta, pois possui baixo teor calórico. “As fibras do milho promovem saciedade e inibem a liberação do hormônio da fome. Ao comermos pipoca, consumimos o grão por inteiro e sem processar, o que nos ajuda a nos sentirmos satisfeitos e evita aquele impulso de beliscar alimentos mais calóricos. Assim, ela pode contribuir para o emagrecimento, pois é mais fácil controlar a vontade de comer. Além disso, possui teor reduzido de gorduras saturadas e seus óleos naturais são saudáveis e essenciais ao organismo”, explica o Prof. Dr. Durval Ribas Filho — médico nutrólogo, Fellow da Obesity Society (FTOS-USA), presidente da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia) e docente da pós-graduação do CNNUTRO.
Confira as principais dúvidas:
A recomendação é de até 20g por dia (cerca de uma xícara e meia). Mas é essencial observar o modo de preparo: quanto mais óleo ou manteiga, maior o valor calórico. A regra é simples: quanto menos gordura, melhor.
Pode sim, mas com moderação! Tanto na versão salgada quanto na doce, evite exageros no sal e no açúcar. Para dar sabor, experimente usar temperos naturais como páprica, orégano, salsinha ou açafrão.
É essencial conferir o rótulo! A pipoca de micro-ondas é um alimento industrializado e, em geral, contém altos níveis de sódio, gorduras e conservantes. O milho natural é sempre a melhor opção. Mas dá para usar o micro-ondas. Basta misturar os grãos com água em recipientes de vidro cobertos com filme plástico e com furinhos (de um garfo ou faca) para o ar sair. Outra alternativa são os sacos de papel, próprios para micro-ondas, que devem ser dobrados apenas nas pontas e não amassados, para que a temperatura, gerada pelo micro-ondas, possa estourar os grãos.
Dica: não devore aquele balde inteiro sozinho! Compartilhar com alguém é uma forma simples de consumir uma porção menor e “economizar” calorias.
A pipoca pode ser uma boa substituta para o lanche entre as refeições. Se combinada com uma fonte de proteína, a saciedade aumenta. Mas atenção: nada de exageros. O ideal é consumir com moderação e orientação de um especialista.
O milho é uma ótima fonte de fibras, que auxiliam na saúde digestiva e no bom funcionamento do intestino. Importante: beba bastante líquido junto, para auxiliar num trânsito intestinal adequado. As fibras também ajudam a controlar a glicemia, a reduzir o risco de doenças cardíacas e a equilibrar os níveis de colesterol (LDL e HDL).
Sim! A casca do milho contém polifenóis com ação antioxidante. Esses compostos combatem os radicais livres, reduzindo o estresse oxidativo e retardando o envelhecimento. Também colaboram com a integridade da pele e a proteção celular.
Os grãos são ricos em vitaminas do complexo B, importantes para o sistema nervoso, imunológico e digestivo, além de manter pele, unhas e cabelos saudáveis.
9.Quem não pode comer?
Pessoas com distúrbios digestivos, como Síndrome do Intestino Irritável (SII) ou Diverticulite, podem apresentar desconforto com o consumo, pois a pipoca pode ser difícil de digerir por conta das partes mais duras do grão. Casos raros de alergia ao milho exigem restrição. Fora isso, é uma opção segura até para quem tem intolerância ao glúten ou à lactose. Para crianças, o ideal é consumir apenas a partir dos 4 anos, para evitar riscos de engasgoou até de broncoaspirar.