A Câmara Municipal de Salvador aprovou, nesta terça-feira (17), o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026, enviado pelo Executivo. A proposta prevê um orçamento estimado em R$ 13 bilhões, com metade dos recursos destinados a áreas essenciais, como saúde e educação.
O Projeto de Lei nº 173/2025 foi aprovado com emendas e com votos contrários da bancada de oposição. Também foram votadas cerca de 200 proposições dos vereadores, incluindo indicações, requerimentos e moções.
Com a aprovação da LDO, a Câmara entrará em recesso entre os dias 30 de junho e 31 de julho.
Debates sobre a LDO
O presidente da Casa, vereador Carlos Muniz (PSDB), elogiou o consenso entre as comissões e afirmou que a aprovação da peça orçamentária contribuirá para a economia local. “Trazer cada vez mais benefícios para a nossa cidade e, por isso, a votação em maioria”, afirmou.
Já a líder da oposição, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), avaliou que o projeto não corresponde às demandas da população de Salvador. “A LDO, em Salvador, precisaria apresentar diretrizes que contribuíssem para reduzir as desigualdades sociais e econômicas e nós não vemos isso nessa peça. Observamos, por exemplo, uma previsão de redução de gastos na área de emprego e renda, nas políticas de manutenção da cidade e no meio ambiente, justamente em um momento de crise ambiental e climática. Portanto, deveríamos ter aumento de investimentos, não cortes”, declarou.
Como não houve acordo entre governo e oposição, 10 das 182 proposições apresentadas foram rejeitadas.
O líder do governo, vereador Kiki Bispo (União), destacou o compromisso do grupo com os interesses da cidade. “A oposição é testemunha de quantos projetos de lei este líder já intermediou e debateu, inclusive para que fossem aprovados pelo Executivo, sempre com muito respeito ao papel desta Casa”, afirmou.
Foto: Antonio Queirós/CMS