Três cidades baianas que decretaram situação de emergência por conta da estiagem estão entre as que mais gastaram com atrações artísticas para o São João de 2025. Segundo dados do Painel de Transparência dos Festejos Juninos, elaborado pelo Ministério Público da Bahia, Senhor do Bonfim, Quijingue e Tucano investiram juntas mais de R$ 14,8 milhões em cachês.
De acordo com o levantamento, os valores aplicados por cada município foram:
Conforme dados do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec), do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, os três municípios possuem decretos de emergência ativos. Em Senhor do Bonfim, o decreto por estiagem é válido até 7 de julho. Em Quijingue, vai até 30 de setembro. Já em Tucano, o documento segue vigente até 25 de outubro deste ano.
Senhor do Bonfim
Quinto maior investimento do estado em cachês artísticos, o montante de Senhor do Bonfim foi integralmente custeado com recursos municipais. Entre os nomes confirmados estão Natanzinho Lima, que receberá R$ 600 mil; Henry Freitas, com cachê de R$ 565 mil; e Murilo Huff, contratado por R$ 500 mil. Até o momento, a prefeitura divulgou 28 contratações, com valores que variam de R$ 600 a R$ 800 mil.
Quijingue
Apesar de não ter tradição na realização de festejos juninos, Quijingue quadruplicou o valor destinado ao São João entre 2024 e 2025, saltando de R$ 1,3 milhão para R$ 5,25 milhões. Do total, cerca de R$ 4,8 milhões são recursos municipais.
A cidade, além do decreto federal por estiagem, chegou a decretar emergência financeira neste ano, com validade de 60 dias. Mesmo assim, durante o período, promoveu uma festa de grande porte.
Tucano
A prefeitura de Tucano investiu R$ 3,6 milhões com recursos próprios, e outros R$ 675 mil vieram do governo estadual. O maior cachê pago foi ao cantor Leonardo, no valor de R$ 750 mil. A menor contratação foi de R$ 220 mil.
Foto: ASCOM – Prefeitura Municipal de Senhor do Bonfim