O volume de serviços prestados na Bahia caiu 2,4% na passagem de março para abril 2025, na série com ajuste sazonal (que retira do cálculo o efeito de eventos/ datas recorrentes como Carnaval, Páscoa etc.).
As informações são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE.
Foi o primeiro recuo do indicador, após três altas seguidas nessa comparação com o mês imediatamente anterior, numa variação bem inferior à do Brasil como um todo (0,2%) e a 5ª queda mais intensa entre os estados. De março para abril, o volume dos serviços prestados aumentou em 18 das 27 unidades da Federação, lideradas por Pernambuco (5,3%), Roraima (3,7%) e Amazonas (3,0%).
Na comparação com abril de 2024, o setor de serviços baiano também recuou (-2,2%), mostrando uma primeira queda, após três altas consecutivas.
Foi um resultado pior do que o nacional (1,8%) e a 5ª maior retração entre os 27 estados, num contexto em que 19 deles registraram aumentos, liderados por Tocantins (31,5%), Distrito Federal (8,9%) e Paraíba (8,8%).
Apesar dos resultados negativos do mês, o volume de serviços prestados na Bahia teve um crescimento acumulado de 1,3% entre janeiro e abril de 2025, abaixo do país como um todo (2,2%) e apenas a 15ª taxa entre as 27 unidades da Federação. Dentre elas, 21 mostraram altas no acumulado no ano, lideradas por Tocantins (12,8%), Sergipe (7,4%) e Distrito Federal (7,2%).
Nos 12 meses encerrados em abril, os serviços baianos também sustentaram crescimento (1,1%). Esse acumulado é menor do que o verificado no Brasil como um todo (2,7%), num cenário em que 20 das 27 unidades da Federação mostram resultados positivos, lideradas por Sergipe (8,5%), Amazonas (8,0%), e Amapá (7,8%). A Bahia tem apenas o 18º crescimento.
A redução do volume de serviços prestados na Bahia em abril de 2025, na comparação com o mesmo mês de 2024 (-2,2%), foi concentrada em dois dos cinco grupos de atividades investigados pelo IBGE.
O maior recuo e a principal influência negativa no desempenho do setor em geral, no estado, vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (-7,5%). O grupo reúne, sobretudo, serviços prestados às empresas e caiu em abril, após duas altas consecutivas.
Também houve retração nas atividades de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,0%), segmento que tem o maior peso na estrutura dos serviços baianos e apresentou o quinto resultado negativo seguido. É o único que registra queda no acumulado no ano de 2025 (-1,6%).
Dentre as três atividades em alta, os outros serviços tiveram o melhor resultado (7,2%) e deram a maior contribuição no sentido de conter o recuo do setor de serviços em geral, em abril, na Bahia. O segmento mostrou seu oitavo avanço consecutivo, crescendo mês a mês desde setembro de 2024.
Foto: Artem Podrez/Pexels
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