O petróleo disparou, o ouro deu um salto e as Bolsas globais recuaram, após o ataque de Israel ao Irã, com o temor de uma guerra mais ampla no Oriente Médio. O barril do tipo Brent chegou a subir 13% na madrugada desta sexta-feira, ultrapassando US$ 78 o barril, no maior salto intradiário desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em março de 2022. O dólar sobe no exterior e no Brasil.
Por volta de 9h30, a cotação do petróleo já havia perdido um pouco fôlego e estava em US$ 73,93 o barril. Ainda assim, a alta era forte, de 6,59%. O petróleo leve americano (WTI), referência nos EUA, também subia com força e era cotado a US$ 72,77, avanço de 6,95%. Israel deflagrou ataques aéreos contra o programa nuclear iraniano e os locais que armazenam de mísseis balísticos do país na noite de quinta-feira. A ofensiva reacendeu o confronto entre dois adversários, com risco de evoluir para um conflito mais extenso.
No mercado de câmbio, o dólar subia 0,5% no exterior, comparado a uma cesta de moedas, segundo o Sollar Spot Index da Bloomberg. No Brasil, a moeda americana abriu em queda, mas passou a subir. Por volta de 9h30, era cotado a R$ 5,5667, alta de 0,44%. O mercado acionário reagiu negativamente ao ataque, com Bolsas em queda e aumento do preço do ouro. O metal subiu até 1,7% e se aproximou do recorde. Mais tarde, o contrato para venda em agosto avançava 1,12%, para US$ 3.440,60 a onça-troy.
O ouro já teve valorização de 30% neste ano, à medida que os investidores buscam proteção contra as políticas comerciais agressivas do presidente Donald Trump e contra tensões geopolíticas, como a guerra na Ucrânia.
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