Os portos brasileiros movimentaram 107,6 milhões de toneladas de cargas em abril de 2025, volume 1,12% superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior. O desempenho foi o maior da série histórica, segundo o levantamento Estatístico Aquaviário da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).
Entre janeiro e abril, a movimentação acumulada chegou a 412 milhões de toneladas. Para o economista Carlos Eduardo de Oliveira Jr., conselheiro do Cofecon (Conselho Federal de Economia), os dados indicam sinais de recuperação econômica.
“O setor portuário é fundamental para a evolução econômica do Brasil. Ele desempenha um papel na logística e no transporte de mercadorias, facilitando assim o comércio internacional e nacional. A movimentação portuária é um indicador crucial da saúde econômica, pois está diretamente associada ao comércio exterior”, analisa.
“O aumento no volume de cargas movimentadas pode indicar que setores como agronegócio, indústria e comércio estão se expandindo”, complementa.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, relaciona o avanço à maior demanda por produtos que entram e saem do país.
“Na medida em que a economia cresce, automaticamente os portos do Brasil, públicos e privados, crescem. Porque são novos carros que chegam no país, novos investidores internacionais que vêm comprar produtos brasileiros, o Brasil cada vez mais exportando grãos, proteína animal e minério de ferro. Tudo isso vai fortalecer o setor portuário”, afirma.
“Além disso, hoje, nós temos quase R$ 40 bilhões de investimentos no setor portuário do Brasil. Com o movimento do volume de carga, é preciso fazer investimento em novos portos, novos equipamentos, requalificação de molhe e de píeres”, acrescenta o ministro.
De acordo com os dados, os terminais autorizados movimentaram 69,8 milhões de toneladas em abril (alta de 4%), enquanto os portos públicos somaram 37,8 milhões de toneladas.
Na análise por tipo de carga, os granéis sólidos cresceram 2,27%, totalizando 65,1 milhões de toneladas. Já os granéis líquidos aumentaram 1,94%, com 25,7 milhões de toneladas.
Foto: Ascom MPor