A fusão entre PSDB e Podemos, aprovada com ampla maioria na convenção nacional tucana realizada em São Paulo, enfrenta dificuldades para se consolidar na Bahia. Apesar dos 201 votos favoráveis e apenas dois contrários, o processo ainda depende da convenção do Podemos, que não tem data marcada para deliberar sobre o tema.
No cenário baiano, o clima é de impasse. Enquanto o PSDB integra a oposição ao governo estadual do PT, o Podemos mantém cargos na gestão de Jerônimo Rodrigues, como a Superintendência da Defesa Civil, ocupada por Heber Santana. A divergência preocupa lideranças locais, que temem uma fusão sem unidade ideológica, misturando aliados de ACM Neto e Bruno Reis com defensores do governo petista.
A definição sobre quem comandará o novo partido na Bahia também é motivo de disputa. Tucanos defendem o nome do deputado federal Adolfo Viana para liderar a legenda, enquanto aliados do Podemos desejam manter Heber Santana no comando. A indefinição reflete a falta de protagonismo isolado das duas siglas e acirra a disputa por espaço político.
Foto: Roque de Sá / Agência Senado