De acordo com a neurociência, o cérebro humano possui circuitos especializados — como a Fusiform Face Area (FFA) — que se ativam exclusivamente para a leitura de rostos. Isso explica por que, em frações de segundo (0,1s a 0,33s, segundo pesquisas de Princeton e NYU), uma pessoa já forma impressões sobre outra apenas com base na face: confiabilidade, acessibilidade, autoridade, empatia ou rigidez. Para Dra. Lio Marchesini, o rosto é o centro da identidade visível. “É o epicentro da percepção humana. O rosto não apenas representa você — ele antecipa você. Antes da fala, antes do toque, antes do conteúdo, a forma como sua expressão se apresenta já está moldando o que o mundo sente e entende sobre quem você é”, revela a profissional multipotencial com formação em Fisioterapia, Biomedicina e Odontologia.
Muito são os cuidados estéticos que as pessoas precisam ter com a pele e com a face. Cuidar da face vai muito além de manter uma pele bonita. É cuidar da estrutura, da expressão e da linguagem facial. Para Lio Marchesini os cuidados se dividem em três níveis: manutenção (Higienização, hidratação e fotoproteção indispensáveis para a saúde da pele), preventivos e regenerativos ( Bioestimuladores de colágeno, Ulthera e tecnologias esoeciais), e os cuidados comunicacionais e emocionais.
Partindo do ponto que a beleza não é sobre suavizar tudo, e sim, sobre permitir que sua verdade apareça. Os procedimentos da face, no entanto, podem, também, contar outra história do rosto, ficando mais longe de sua essência facial, já que foi modificado. “Depende de como o procedimento é conduzido. O rosto pode sim contar outra história se for modificado sem consciência, sem leitura, sem escuta da identidade”, afirma a Dra. Ainda segundo Lio, a estética também pode recontar a história com mais verdade, quando usada como ferramenta de tradução — e não de transformação cega — ela potencializa a essência, ao invés de mascará-la.
Na metodologia Faces que Inspiram, executado por Lio, por exemplo, a análise é profunda, embasada na leitura facial, na psicologia dos traços, na imagem desejada. O procedimento respeita e fortalece a identidade e o foco não é corrigir, mas revelar. “Modificar não é problema. O problema é desconectar. Quando há intenção, escuta e sensibilidade, até a intervenção mais sutil tem o poder de reconectar a pessoa com sua essência — através da própria imagem”, finaliza.
Dra. Lio Marchesini | 📷 Crisna Pires