A inflação de maio na Região Metropolitana de Salvador (0,35%) foi resultado de altas em seis dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA. O grupo habitação (1,38%) teve o maior aumento no mês e foi a pressão inflacionária mais forte. Ele foi puxado principalmente pela energia elétrica residencial, que teve alta de 4,77% na RMS, em consequência do reajuste na tarifa, a partir de 22 de abril, e da entrada em vigência, em maio, da bandeira tarifária amarela (que cobra um adicional de R$ 1,885 a cada 100 KWh consumidos). Com o segundo maior aumento, saúde e cuidados pessoais (0,60%) seguiu contribuindo de forma importante para a alta no custo de vida da Região Metropolitana de Salvador, em maio. Os produtos para cabelo (6,93%) foram os que mais puxaram o grupo para cima, seguidos pelos planos de saúde (0,56%).
Mesmo apresentando a quarta desaceleração consecutiva, o grupo alimentação e bebidas (0,33%) ainda exerceu a terceira maior influência de alta na inflação de maio, na RM Salvador. As carnes em geral (2,31%), o café moído (3,92%) e a batata-inglesa (13,45%) tiveram os aumentos mais relevantes. Dentre as três deflações de maio, a dos transportes (-0,13%), embora tenha sido a segunda mais intensa, foi a que mais ajudou a segurar o IPCA, na RM Salvador – pelo peso que o grupo tem nas despesas familiares. A queda de preços das passagens aéreas (-11,99%, segunda mais profunda entre todos os produtos e serviços pesquisados) foi a influência principal. Embora os alimentos tenham aumentado, o ovo de galinha, que chegou a acumular alta de 26,89% no primeiro trimestre de 2025, teve uma deflação expressiva (-7,63%, a terceira mais intensa entre todos os itens pesquisados) e deu a segunda principal contribuição individual para segurar o IPCA de maio, na RM Salvador.
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