terça, 03 de junho de 2025
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LULA DIZ QUE É PRECISO VER ONDE SERÁ NECESSÁRIO FAZER O GOVERNADOR, MAS QUE O PRIORITÁRIO É ELEGER SENADORES

Redação - 01/06/2025 17:00 - Atualizado 01/06/2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo que, “se depender” dele, a extrema direita não retornará ao poder no Brasil. Em discurso durante o congresso do PSB que oficializou o nome do prefeito do Recife, João Campos, como presidente nacional do partido, Lula criticou a interferência dos Estados Unidos em assuntos brasileiros, defendeu o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e fez um apelo por maioria governista no Senado nas eleições de 2026.

“Os EUA querem processar o Alexandre de Moraes porque ele quer prender um cara brasileiro que está lá nos EUA fazendo coisa contra o Brasil o dia inteiro. Por que ele quer criticar a justiça brasileira? Eu nunca critiquei a justiça deles. Ele faz tanta barbaridade e eu nunca critiquei. Faz tantas guerras, mata tanta gente” disse Lula, em referência ao ofício que o governo americano ao Brasil enviou sobre a atuação de Moraes.

Lula também elevou o tom ao tratar do cenário eleitoral de 2026. Ele defendeu a necessidade de eleger senadores alinhados ao governo para garantir a governabilidade e evitar ataques às instituições, sinalizando, inclusive, que a eleição ao Senado pode ser mais importante do que a governos estaduais.

“Precisamos eleger senadores da República em 2026. Por que, se esses caras elegerem a maioria dos senadores, eles vão fazer uma muvuca nesse país. Não quero dar lição para ninguém. Mas temos que pensar onde é impreterível, onde é necessário mesmo ter candidato a governador. Para o Brasil, temos que pensar onde é necessário eleger senador. Precisamos ganhar maioria no Senado, senão esses caras vão avacalhar a Suprema Corte. Não é porque a Suprema Corte é uma maçã doce. Não. É porque precisamos preservar as instituições que garantem o exercício da democracia nesse país. Se a gente for destruir o que a gente não gosta, não vai sobrar nada” disse ele.

Durante o discurso, Lula também criticou o presidente dos Estados Unidos Donald Trump e defendeu o fortalecimento de instituições multilaterais como forma de preservar a soberania dos países.

“Trump está querendo acabar com o multilateralismo e criar o unilateralismo. Negociação coletiva é importante, reforçar a OMC, a ONU, para a gente defender no mundo. Não podemos voltar à negociação da Guerra Fria, não queremos mais Guerra Fria, queremos livre comércio e soberania de cada país. Ninguém se mete nas coisas do Brasil e nós não nos metemos nas coisas dos outros. Ninguém venha meter a mão e dar palpite aqui” afirmou. Com informações de O Globo.

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