A cirurgia robótica ginecológica tem se destacado como uma alternativa eficaz no tratamento da endometriose – uma doença inflamatória crônica que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva no Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O procedimento se destaca por ser menos invasivo do que a cirurgia convencional, proporcionando diversos benefícios no pós-operatório e na qualidade de vida das pacientes.
De acordo com o ginecologista e especialista em cirurgia minimamente invasiva, Alexandre Amaral, a técnica proporciona uma recuperação mais rápida. “A cirurgia robótica ginecológica é recomendada quando o tratamento clínico não é suficiente para melhorar a qualidade de vida da paciente. Entre os benefícios do procedimento, estão a imagem em 3D com melhora da definição das lesões, cicatrizes menores, menor sangramento, redução da dor no pós-operatório e um tempo de internação reduzido, de acordo com quadro clínico da paciente”, explica.
Durante o procedimento, o cirurgião comanda braços robóticos com instrumentos de alta precisão e uma microcâmera de alta definição, que permite acesso a áreas de difícil alcance e uma visualização detalhada da região operada. Esses recursos tecnológicos contribuem para uma abordagem mais segura e eficaz na retirada dos focos da endometriose, especialmente em casos profundos ou complexos.
Por oferecer maior precisão, a cirurgia robótica pode ser uma indicação em casos de endometriose profunda, nos quais a doença acomete órgãos como bexiga, intestino e ligamentos pélvicos. No entanto, para além da abordagem cirúrgica utilizada, é fundamental buscar médicos especialistas no tratamento da endometriose, com experiência na remoção dos focos da doença, para um procedimento mais eficaz.
Nos últimos anos, a cirurgia robótica tem se tornado cada vez mais acessível e avançada, proporcionando novas possibilidades no tratamento de diversas condições ginecológicas, além da endometriose. “A tecnologia tem sido aplicada em cirurgias para miomas, câncer ginecológico e histerectomias, ampliando as opções terapêuticas para as mulheres e oferecendo alternativas menos invasivas em comparação aos métodos convencionais”, conclui o especialista.
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