A indústria farmacêutica brasileira se mantém como um dos principais motores do setor produtivo nacional, especialmente na geração de empregos qualificados e bem remunerados. Segundo dados da PNAD contínua do IBGE, em 2024, gerou 203 mil postos formais de trabalho, um recorde histórico e um crescimento de 4% em relação ao ano anterior. É o segundo setor mais formalizado da indústria, com 93% dos empregados com carteira assinada, superando a média da indústria de transformação que é de 67%.
Além da geração expressiva de empregos, também se destaca por ser o setor com maior remuneração média da indústria. No ano passado, o rendimento médio mensal por trabalhador alcançou R$ 6.526, um aumento de 16,7% em relação a 2023. Com esse desempenho, a indústria farmacêutica e farmoquímica liderou rendimento médio real entre os principais segmentos da indústria, superando setores como o automotivo, produtos químicos e equipamentos de informática e produtos eletrônicos.
Os dados foram compilados pelo Grupo FarmaBrasil, associação que reúne 12 das principais empresas farmacêuticas brasileiras. Outro destaque é o equilíbrio de gênero. Segundo dados da RAIS 2022, as mulheres representam 50% da força de trabalho, uma das participações mais equilibradas de toda a indústria. A indústria farmacêutica e farmoquímica ainda se caracteriza por um alto nível de qualificação de sua força de trabalho, com 43% dos seus colaboradores tendo ensino superior completo ou grau de instrução mais elevado. Esse é o maior percentual entre todos os setores da indústria de transformação, superando inclusive outros segmentos intensivos em tecnologia.
Somados aos destaques em formalização e remuneração, a indústria farmacêutica e farmoquímica também se sobressai pela estabilidade no emprego. Conforme dados do Novo Caged, em 2024 o setor registrou o segundo menor número de desligamentos entre todos os segmentos da indústria de transformação (27.644 desligamentos), ficando atrás apenas da fabricação de produtos do fumo, que concentra o menor contingente de trabalhadores da indústria.
“São evidências que reforçam a relevância estratégica da indústria farmacêutica não apenas do ponto de vista sanitário e tecnológico, mas também como motor de desenvolvimento econômico e social. Com salários mais altos e crescimento acima da média, o setor se destaca como um campo atrativo para profissionais qualificados e um segmento-chave para a construção de uma economia baseada em inovação”, afirmou Reginaldo Arcuri, presidente-executivo do Grupo FarmaBrasil.
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil