A Petrobras anunciou, através de um comunicado ao mercado, a retomada da operação da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen-BA), instalada no Polo Industrial de Camaçari. As atividades voltam após acordo com a Proquigel, subsidiária da Unigel, encerrando litígios e controvérsias contratuais que se arrastavam desde 2023. O prefeito do município, Luiz Caetano (PT), comemorou neste sábado,24, a decisão oficial e lembrou que essa é uma luta que encampou desde o período em que atuava como secretário estadual de Relações Institucionais, em articulação direta com o governo federal e a Petrobras.
“A retomada da Fafen é uma vitória histórica para Camaçari, para a Bahia e para o Brasil. Fruto do empenho do nosso governo estadual, liderado pelo governador Jerônimo Rodrigues, e do presidente Lula, que têm trabalhado pela reindustrialização do país”, afirmou. De acordo com a Petrobras, a unidade baiana arrendada à iniciativa privada desde 2019 e paralisada há mais de um ano, possui capacidade instalada para produzir 1,3 mil toneladas de ureia por dia, além de amônia, gás carbônico e Arla 32, agente redutor líquido automotivo.
“Estamos falando de uma indústria que representa emprego, renda e desenvolvimento para Camaçari e toda a Região Metropolitana de Salvador. A reabertura da Fafen também significa reduzir a dependência do Brasil na importação de fertilizantes, algo fundamental para nossa segurança alimentar”, reforçou Caetano. A decisão da Petrobras integra seu plano estratégico de reinserção no mercado de fertilizantes, interrompido nos últimos anos, e que já havia sinalizado com a reativação da unidade de Araucária, no Paraná, em 2024.
Em linha com a política de reindustrialização do governo Lula, a estatal reafirmou que o objetivo é capturar valor com a produção e comercialização de produtos nitrogenados, conciliando com a cadeia de produção de óleo, gás natural e a transição energética. No plano nacional, a medida é vista como essencial para enfrentar a vulnerabilidade do Brasil na cadeia de fertilizantes. Atualmente, o país importa cerca de 80% do insumo que consome. Para Luiz Caetano, “a reindustrialização é o caminho para reduzir desigualdades, gerar oportunidades e garantir um futuro sustentável”.
(A Tarde)