Em meio a protestos e uma sessão extraordinária realizada a portas fechadas nesta quinta-feira (22), a Câmara Municipal de Salvador aprovou o projeto de reajuste salarial para servidores municipais, incluindo ativos, inativos e pensionistas. A votação ocorreu sob tensão, marcada por confrontos entre vereadores e sindicalistas.
Parlamentares da oposição optaram por se abster, em protesto contra o que classificaram como uma condução inadequada do processo legislativo. O projeto foi aprovado com 33 votos favoráveis, enquanto as seis emendas propostas — quatro da base governista e duas da oposição — foram rejeitadas.
A proposta, entretanto, desagradou aos professores da rede municipal, em sua maioria representados pela APLB-Sindicato. A categoria denuncia que o reajuste não assegura o pagamento do piso salarial do magistério, conforme previsto na legislação federal.
Clima de tensão marca votação
Por razões de segurança, a sessão foi realizada fora do plenário da Câmara. Do lado de fora, servidores em protesto formaram uma barreira humana para impedir o acesso de jornalistas e assessores. Cartazes, gritos de ordem e um clima de animosidade marcaram o ambiente.
Mesmo diante da mobilização, a votação foi mantida. Vereadores da oposição criticaram a falta de diálogo e acusaram a base governista de comprometer a democracia e a transparência institucional.
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