O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), declarou estar “muito feliz” com a reaproximação entre o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e o prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (União Brasil). A gratificação foi feita nesta segunda-feira (20), em entrevista ao programa Acorda Cidade, da rádio Sociedade News, após os dois líderes se reencontrarem durante a assinatura da ordem de serviço para duplicação do Anel de Contorno na cidade.
“Fico sempre muito feliz quando vejo o que aconteceu ontem [segunda] em Feira de Santana. O prefeito José Ronaldo ganhou a eleição, vamos trabalhar com ele e ver o que podemos fazer por Feira de Santana. O povo sabe reconhecer quem trabalha e não gosta desses xingamentos e, sim, do político que melhora a vida do país. Passou a eleição, vamos trabalhar e cuidar do desenvolvimento. É isso que fizemos em Feira e fiquei muito feliz quando vi as imagens e as declarações. Jerônimo está de parabéns, Ronaldo está de parabéns”, afirmou o ministro.
Para Rui, é preciso superar o clima de hostilidade que costuma permanecer após as disputas eleitorais. “Infelizmente, desde a eleição em que a Dilma Rousseff foi eleita, quem perdeu não se conformou, e ficou aquela guerra. Depois veio o governo anterior com o país polarizado. Parece que você está em permanentemente em eleição, com xingamentos, ódio. Isso não é bom para o país, não é bom para o povo. O mundo passa por muitas dificuldades e os países que mais se desenvolvem, que mais crescem, são aqueles onde o governo se entende, onde as forças políticas disputam eleição, mas passado esse momento, os políticos trabalham conjuntamente para chegar aos objetivos definidos”, declarou, lembrando que, quando governador, não teve encontros com a gestão Bolsonaro.
Na mesma entrevista, Rui Costa justificou a indenização paga pelo governo Lula (PT) à concessionária ViaBahia, destacando que a medida foi respaldada pela lei. “Eu sei que a raiva que a população tinha da ViaBahia levava muito esse conceito, ‘expulsa sem pagar nada’, mas tem contrato, tem lei, e quando você tentava expulsar a empresa durante anos e anos, sem nenhum tipo de pagamento pelo investimento que ela faz, ela conseguiu decisões judiciais para se manter no contrato. Por quantos e quantos anos todo mundo disse que ia tirar a ViaBahia e nunca tirou? Por quê? Porque no Estado de Direito, onde a lei prevalece, existem contratos que precisam ser cumpridos, mesmo que a empresa não tenha cumprido todas as obrigações contratuais. Ela fez algum investimento”, argumentou.
O ministro também ressaltou que parte dos investimentos feitos pela ViaBahia ainda não foram quitados. “Tem investimento, como se diz tecnicamente, que não está amortizado, que não foi pago ainda. Porque a tarifa que a gente paga, uma parte é para a manutenção da rodovia, para o serviço que é feito de ambulância, de reboque. Mesmo que não tenha tido a qualidade que todo mundo queria, mas ela prestou algum serviço e fez investimento”, completou.
Foto: Luciano Carcará/Serin