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ACELEN RENOVÁVEIS DÁ INÍCIO AO PLANTIO DA MACAÚBA EM CACHOEIRA

Victoria Isabel - 21/05/2025 17:25 - Atualizado 22/05/2025

Desde a assinatura do Memorando de Entendimento da Acelen Renováveis com o Governo da Bahia para produção de combustíveis renováveis, em 15 de abril de 2023, muita energia vem sendo empregada para o desenvolvimento do projeto na Bahia e em Minas Gerais. Nesses dois anos, foram feitas parcerias estratégicas para alavancar pesquisas e tecnologias para a materialização do compromisso com a transição energética do Brasil.

Hoje, a Acelen Renováveis, acelera um pouco mais e inicia o plantio de mudas de macaúba para a produção de combustível sustentável de aviação (SAF) e diesel renovável (HVO) no Brasil. A área escolhida para a implantação da primeira fazenda-modelo está localizada na cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, denominada Fazenda Campinas. Nesta propriedade serão plantados, aproximadamente, 200 hectares, de um total de 1.500ha a serem cultivados na região e que receberão mais de 800 mil mudas de macaúba, transferidas do viveiro de Mucugê, na Chapada Diamantina, na Bahia.

Participaram do plantio simbólico lideranças das comunidades e autoridades governamentais, que foram recebidos por Marcelo Cordaro, COO da Acelen Renováveis, Marcelo Lyra, vice-presidente de Comunicação, ESG e Relações Institucionais da Acelen, e João Raful, vice-presidente de Recursos Humanos e Responsabilidade Social da Acelen.

Entres as autoridades governamentais, estavam a prefeita e vice de Cachoeira, Eliana Gonzaga e Cristina Soares; o Secretário de Agricultura e Pesca, Diego Araújo; de Obras e Meio Ambiente, João Salomão, e o presidente da Câmara dos Vereadores, Josmar Barbosa. Representaram o governador Jerônimo Rodrigues, o secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia (SDE), Angelo Almeida, e o da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (SEAGRI), Pablo Barrozo e o chefe de gabinete da Secretária de Meio Ambiente, André Ferraro,  A deputada estadual Fabiola Mansur também marcou presença.

O secretário da SDE, Angelo Almeida, ressaltou as conquistas do Bahia com o Protener e a atração de investimentos como os da Acelen Renováveis. “Grandes projetos como este traz uma nova expectativa para o mundo e está sendo desenvolvido em Cachoeira, colocando a Bahia como protagonista da economia verde e da produção de biocombustíveis”, disse.

Escolha da área da 1ª fazenda-modelo

A Bahia é o destino inicial da Acelen Renováveis para a transição energética do Brasil e do mundo. “Acreditamos no potencial do Estado e estamos onde os baianos também precisam. A escolha da área passou por rigoroso processo de diligências. Observamos a legislação, a realidade de ocupação no campo e o terreno escolhido oferece condições agronômicas para a produção da macaúba. Além disso, a área está próxima de São Francisco do Conde, onde será construída nossa biorrefinaria”, explica Cordaro sobre os motivos da escolha de Cachoeira para a implantação da fazenda-modelo.

O projeto trará oportunidades como a geração de novos empregos, aumento da arrecadação de impostos municipais e estaduais, melhorias no IDH da região e recuperação ambiental. A empresa prevê a contratação de cerca de 200 pessoas para trabalhar na fazenda-modelo, contribuindo diretamente para o desenvolvimento local. “Nosso compromisso com a região é forte e já mostramos o impacto positivo da nossa chegada há 3 anos com a Refinaria de Mataripe. Agora, é a vez da Acelen Renováveis participar e apoiar o desenvolvimento de Cachoeira”, informa Cordaro.

A Prefeita de Cachoeira, Eliana Gonzaga, lembrou que, “assim como no passado demos os primeiros passos para a independência do Brasil, nosso município volta a assumir o pioneirismo e protagonismo, desta vez, na transição energética global. Este é um momento histórico e de esperança na transformação da realidade econômica dos agricultores familiares e da região”.

Para apresentar a Acelen Renováveis e seu projeto de biocombustíveis, a equipe de Responsabilidade Social tem promovido encontros com as comunidades no entorno da fazenda.

A Acelen Renováveis planeja iniciar a produção de SAF e Diesel Renovável com óleo vegetal e gordura animal não comestível a partir de 2027. A previsão da produção de combustíveis utilizando óleo de macaúba é a partir de 2030, consolidando a empresa como uma das principais produtoras globais de biocombustíveis.

Evolução do projeto de combustíveis renováveis

O Centro de Inovação Tecnológica Agroindustrial – Acelen Agripark, em construção em Montes Claros (MG), marcará o início das iniciativas estratégicas da empresa e é fundamental para o desenvolvimento da cadeia de valor da Macaúba, planta brasileira de alto poder energético, sendo até 10 vezes mais produtiva por hectare plantado em comparação à soja. Outro marco foi a primeira extração industrial de óleo de macaúba em fluxo contínuo, utilizando tecnologia inédita, no início deste ano.

A Acelen Renováveis prevê investimento inicial de US$ 3 bilhões para sua primeira unidade integrada de produção de biocombustíveis. Serão cultivados 180 mil hectares nos estados baiano e mineiro, transformando pastagens degradadas em florestas produtivas e permitindo a produção de 1 bilhão de litros de combustíveis por ano na sua primeira biorrefinaria na Bahia, em São Francisco do Conde.

Cerca de 20% das plantações do projeto serão compostas por parcerias com a agricultura familiar e pequenos produtores. A implantação total do projeto prevê a geração de até 85 mil empregos diretos e indiretos, injetando cerca de US$ 40 bilhões na economia brasileira ao longo dos próximos 10 anos.

Além disso, os biocombustíveis serão totalmente drop-in, ou seja, não precisarão de nenhum ajuste na engenharia dos motores para recebê-lo, e ainda terão potencial de reduzir em até 80% as emissões de CO₂ em comparação aos combustíveis tradicionais, sem considerar o sequestro de carbono da plantação, tornando a companhia um vetor de desenvolvimento sustentável.

Entre os parceiros da Acelen Renováveis para a produção de biocombustíveis a partir da macaúba estão empresas de consultoria, tecnologia, engenharia e pesquisas agrícolas, como a Honeywell, Alfa Laval, AFRY, Universidade Federal de Viçosa (UFV), MultiCropsPlus, INFLOR, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) , Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Universidade de Davis na California (UCDavis), Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).

Foto: divulgação

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