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EPIDEMIA CARDÍACA: BAHIA REGISTRA ALTA DE 51% NAS INTERNAÇÕES POR ARRITMIA NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS

João Paulo - 19/05/2025 08:00 - Atualizado 19/05/2025

Nos últimos cinco anos, a Bahia registrou um crescimento no número de mortes e internações causadas por arritmias cardíacas. Em 2024, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) registrou 666 óbitos causados pela condição de saúde na Bahia e só neste ano, foram 191 mortes – os dados são parciais. O número do ano passado representa um aumento de 25,7% em relação a 2020, quando 530 pessoas morreram em decorrência dos principais quadros de alterações do ritmo do coração.

No mesmo período, as internações decorrentes do transtorno no estado acompanharam o ritmo das mortes: subiram de 2.982 para 4.552, ou seja, um crescimento de 51,6%, segundo dados do DataSUS. Ainda de acordo com as estatísticas, até março de 2025, 1.265 pessoas precisaram ser internadas por problemas no compasso cardíaco, enquanto 191 morreram por complicações causadas por essas alterações.

A tendência que ocorre não só no estado, mas no Brasil e no mundo, pode significar o que o cardiologista Alexsandro Fagundes, presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), chama de “epidemia de arritmias cardíacas”. Para ele, isso acontece porque a expectativa de vida tem crescido nas últimas décadas, visto que o problema de saúde costuma atingir os mais velhos.

“De certa forma, nós estamos vivendo uma epidemia de arritmias cardíacas porque as pessoas estão vivendo mais. A mortalidade está diminuindo por conta do tratamento efetivo de doenças que matavam mais cedo, especialmente o câncer, que tem tratamento especializado na maioria das situações. Assim como o aumento do número de pessoas idosas, o que obviamente, aumenta a chance de encontrar determinadas arritmias que com a idade ficam mais frequentes”, explica em entrevista ao Jornal Correio.

Crédito: Freepik

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