Entre o 4º trimestre de 2024 e o 1º trimestre de 2025, a queda no número de pessoas trabalhando na Bahia foi bastante disseminada, ocorrendo em quase todas as formas de inserção no mercado de trabalho. A única exceção foram os trabalhadores por conta própria, que chegaram a um contingente de 1,726 milhão de pessoas, com um aumento de 1,5%, entre um trimestre e outro (mais 25 mil). O crescimento foi concentrado naqueles sem registro no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), portanto, informais, que representam 86,7% do total de contas-próprias e aumentaram 3,7% (mais 54 mil), no período.
Por sua vez, os saldos mais negativos no total de trabalhadores, do 4º trimestre de 2024 para o 1º de 2025, foram verificados entre os empregados no setor público (menos 63 mil ou -7,5%), que somaram 802 mil pessoas, e os empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (menos 39 mil pessoas ou -2,9%), que chegaram a 1,316 milhão no 1º trimestre deste ano.
Apesar da diminuição mais expressiva dos trabalhadores do setor público, que são formais, o número de pessoas ocupadas na informalidade, no mercado de trabalho baiano, caiu um pouco no 1º trimestre de 2025, frente ao último de 2024. Entre janeiro e março, 3,305 milhões de pessoas trabalhavam como informais na Bahia, -1,1% do que no 4º trimestre de 2024 (menos 38 mil pessoas).
Ainda assim, como o número de informais caiu menos do que o total de trabalhadores, a taxa de informalidade (proporção de informais no total de pessoas ocupadas) aumentou e chegou a 51,9%, no estado, acima dos indicadores tanto do 4º trimestre (51,3%) quanto do 1º trimestre de 2024 (50,2%). São considerados informais os empregados no setor privado e domésticos que não têm carteira assinada, os trabalhadores por conta própria ou empregadores sem CNPJ e as pessoas que trabalham como auxiliares em algum negócio familiar.
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