Segundo números da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, de fevereiro de 2024 para fevereiro de 2025, as vendas do varejo na Bahia tiveram variação negativa de 5,6%. O comércio baiano teve desempenho inferior ao do Brasil como um todo, onde houve avanço de 0,8% nas vendas de fevereiro a março, com altas em 20 das 27 unidades da Federação, lideradas por Paraíba (3,0%), Goiás (2,4%) e Distrito Federal (2,1%).
As vendas do varejo na Bahia mostraram um primeiro resultado negativo após 28 meses de avanços seguidos. Foi a 2ª queda mais intensa entre os estados, menor apenas do que a registrada no Rio de Janeiro (-6,7%) e bem maior do que a do Brasil como um todo (-1,0%). Nessa comparação, 15 unidades da Federação tiveram recuos. Os melhores desempenhos, por sua vez, ocorreram em Amapá (11,0%), Mato Grosso (7,7%) e Piauí (7,4%).
Com esses resultados, as vendas do comércio varejista da Bahia passaram a mostrar variação negativa, no acumulado no primeiro trimestre de 2025, frente ao mesmo período do ano anterior (-0,5%). O desempenho é inferior ao nacional (onde houve alta de 1,2%) e o 22º entre os estados, 20 dos quais registraram aumentos, encabeçados por Amapá (11,6%), Santa Catarina (6,3%) e Piauí (5,0%).
Já no acumulado nos 12 meses encerrados em março, as vendas do varejo baiano seguem em alta (de 4,1%) e acima do indicador nacional (3,1%), apresentando o 13º avanço entre as unidades da Federação, 25 das quais têm aumentos, lideradas por Amapá (16,2%), Paraíba (10,7%) e Tocantins (7,5%). Só Rio de Janeiro (-0,4%) e Mato Grosso (-0,3%) têm quedas nesse confronto.
Setores: Em março, na Bahia, o desempenho negativo das vendas em geral frente ao mesmo mês de 2024 (-5,6%) resultou de recuos em 7 das 8 atividades do varejo restrito (que exclui automóveis, material de construção e atacado de alimentos). Apenas as vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos cresceram (10,1%).
O segmento vem apresentando resultados positivos há 24 meses seguidos (desde abril de 2023) e tem os maiores aumentos acumulados das vendas, tanto no primeiro trimestre de 2025 (9,1%) quanto nos 12 meses encerrados em março (8,7%). As vendas de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo foram as que mais puxaram o varejo da Bahia para baixo, embora tenham apresentado apenas a quarta queda mais profunda (-8,5%). Isso se deve ao fato de o segmento ter o maior peso na estrutura do comércio varejista no estado.
As vendas nos supermercados mostraram seu primeiro recuo após 21 meses consecutivos de resultados positivos (cresciam desde junho de 2023). Com a terceira queda mais intensa, os outros artigos de uso pessoal e doméstico (-14,5%) exerceram a segunda maior influência negativa no resultado das vendas do varejo baiano em março. A atividade inclui os grandes varejistas on-line e teve uma segunda retração consecutiva.
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