O ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou, na última quarta-feira (14), que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, indicado por ele à Corte em 2016, não é radical, como afirmam aliados de Jair Bolsonaro. Temer elogiou a postura de Moraes, destacando sua atuação pacificadora ao flexibilizar decisões e liberar presos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Temer acredita que o Supremo deveria resolver a questão da anistia e reavaliar as penas antes de o assunto chegar ao Congresso Nacional. No entanto, reconhece que o Congresso possui competência para tratar do perdão aos acusados.
“Daqueles [do] 8 de janeiro, ele já liberou muita gente. Então, ele fez uma coisa adequada no momento que deveria fazer, não é? Para garantir as eleições e está fazendo agora com vistas à pacificação do país. Aquelas penas de 14, 15, 17 anos devem ser reduzidas. Isso está começando a acontecer. E há instrumentos jurídicos para isso”, ressaltou Temer.
Ele acrescentou: “Tanto não é radical, e eu vou dar exemplos concretos, que ao longo do tempo, você percebe que ele começou a liberar pessoas. Você viu que o Fernando Collor foi para a domiciliar, Roberto Jefferson também”.
Temer defende uma aliança entre governadores de centro-direita para 2026, o que o tornou alvo de críticas de bolsonaristas nas últimas semanas. Estes consideram que a proposta excluiria Bolsonaro, o que Temer nega. As informações são da Folha de S. Paulo.
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil