O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou nesta quarta-feira (14) que 98,6% dos aposentados que entraram em contato com o Instituto disseram não reconhecer nenhum vínculo com associações que fizeram descontos diretamente nas contas dos beneficiários. Os desvios são investigados no âmbito da Operação Sem Desconto, que já resultou na demissão do presidente do órgão, do ministro da pasta e cujo prejuízo pode chegar a R$ 6 bilhões.
Durante coletiva de imprensa nesta tarde, o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Jr, 480.660 respostas de aposentados e pensionistas que tiveram descontos em seus benefícios foram recebidas até as 16h de hoje. Dessas, 473.940 informaram não reconhecer o vínculo com a organização associativa. Apenas 6.720 reconheceram o vínculo, segundo informações do jornal O Globo.
Nesta quarta-feira (14), a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão dentro da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos irregulares de mensalidades de associações em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS. Nesta nova fase, os mandados judiciais foram autorizados pela 10ª Vara Federal da Seção Judiciária da Justiça Federal no Distrito Federal. De acordo a PF, os dois mandados estão sendo cumpridos no município de Presidente Prudente (SP).
O objetivo desta fase é apurar a atuação de um operador financeiro ligado a uma das entidades investigadas. O operador financeiro é suspeito de ter adquirido veículos de alto valor com recursos vindos de fraudes contra aposentados e pensionistas do órgão. No fim de abril , a PF e Controladoria-Geral da União (CGU) deflagraram a Operação Sem Desconto para desarticular este esquema de descontos irregulares que causou prejuízos bilionários nos benefícios recebidos pelos segurados da previdência social.
Crédito: Polícia Federal/ Divulgação