O vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, reconheceu em entrevista que trabalhou até os últimos momentos da eleição de 2022 para ter José Ronaldo (União Brasil), atual prefeito de Feira de Santana, como seu vice na disputa pelo governo da Bahia contra Jerônimo Rodrigues (PT), eleito governador naquele pleito.
“José Ronaldo era o vice que eu desejava ter e eu trabalhei até o último minuto para que ele pudesse ser o vice ao meu lado, e não tenho dúvidas que era o melhor nome, o nome natural para ser o vice na minha chapa. Entretanto, a conjuntura política de articulação com os partidos políticos impediu que isso acontecesse”, declarou.
Diante das críticas sobre a ausência de José Ronaldo na chapa, Neto recorreu a metáforas para explicar que não age com o benefício da retrospectiva. “Não sou engenheiro de obra pronta” nem “padre de missa realizada”, afirmou, ressaltando que é fácil julgar decisões após os fatos estarem consumados, sem considerar os desafios enfrentados no momento.
“Ah, Neto, você faria diferente? Sem dúvidas, e pretendo fazer diferente. Acho que um ponto, por exemplo, é que não dá para deixar para anunciar a chapa na última hora. A gente tem que tentar antecipar essas decisões. Se depender de mim, a gente vai virar o ano com um desenho pronto para, de março para abril, ter um anúncio de quem é o candidato a governador, a vice e os dois senadores. O que não aconteceu em 2022”, pontuou.
Neto também refletiu sobre os aprendizados deixados pela experiência e frisou a importância de revisar estratégias para alcançar melhores resultados.
“A vida é assim. Agora, não que eu olhe para trás e desmereça o passado, ou mesmo a Ana [Coelho], que foi naquele momento a candidata a vice ao meu lado. Eu acho que houve aquela circunstância da eleição e cada eleição é a sua circunstância, é o seu momento. E é o que eu disse, ser engenheiro de obra pronta é fácil, e eu não gosto de me colocar nessa posição”, concluiu.
Foto: Divulgação
Copyright © 2023 Bahia Economica - Todos os direitos reservados.
