Na semana em que se comemora o Dia das Mães, chama atenção um movimento crescente no mercado brasileiro: o número de mulheres que decidem empreender após a maternidade. A busca por mais flexibilidade de horário, presença na criação dos filhos e autonomia financeira tem motivado muitas mães a iniciar o próprio negócio. Dados do Sebrae indicam que mais de 55% dos novos microempreendedores individuais no Brasil são mulheres, e uma parte significativa delas são mães em busca de um modelo de trabalho mais flexível.
No Recife, a administradora Priscila Freitas ilustra esse cenário. Após o nascimento da filha, em 2020, e diante das dificuldades para manter a rotina de trabalho como supervisora em uma empresa local durante a pandemia, ela decidiu sair do emprego e abrir um brechó de roupas usadas. “Tentei voltar ao trabalho, mas ficava oito horas por dia longe da minha filha, sem conseguir amamentar. Vi que precisava reorganizar minha vida”, conta.
O brechó, que começou na varanda de casa, hoje funciona em um espaço físico e reúne peças selecionadas com curadoria própria. Uma das marcas do negócio é o cuidado com a conservação dos tecidos. Para isso, Priscila utiliza produtos específicos como o lava-roupas, amaciante e o passa-roupa da marca Sonho, que, segundo ela, ajudam a manter os tecidos limpos, perfumados e bem apresentados para revenda.
Ela detalha ainda os desafios do cotidiano de uma empreendedora, que exige dedicação em diversas frentes. “Empreender não é fácil, não é romântico, mas é possível. São muitas etapas e o trabalho é árduo. Mas, ao mesmo tempo, a autonomia que tenho de poder desacelerar quando preciso e estar com minha filha quando ela precisa de mim é algo que me faz feliz”, conta.
Priscila reforça o valor dessa flexibilidade no seu novo modelo de vida. “Se minha filha adoece ou se sentimos saudade uma da outra, posso trazê-la para a loja ou ajustar minha agenda. Ser dona do meu negócio me dá a liberdade de organizar minha rotina e estar presente quando minha filha precisa”, conclui.
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