O deputado estadual Robinson Almeida (PT) fez duras críticas às gestões do ex-prefeito ACM Neto e do atual prefeito, Bruno Reis (União Brasil), após Salvador aparecer apenas na 7ª posição no ranking de desenvolvimento socioeconômico da Bahia, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Segundo o parlamentar, a capital baiana, que deveria liderar o estado em qualidade de vida e infraestrutura, tornou-se exemplo do fracasso de um modelo de gestão “excludente e ineficaz”.
A capital da Bahia ficou atrás de municípios como Luís Eduardo Magalhães, Irecê, Brumado, Barreiras, Mata de São João e Mucuri no Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que avalia áreas essenciais como saúde, educação, emprego e renda. A nota da capital foi de 0,6442, enquanto a cidade mais bem colocada, Luís Eduardo Magalhães, atingiu 0,6865. Para o deputado Robinson Almeida, o resultado é reflexo de uma gestão voltada para o marketing, sem compromisso com políticas públicas estruturantes.
“Mais um vexame da dupla ACM Neto e Bruno Reis: Salvador estagnou o seu desenvolvimento nas gestões do União Brasil, fruto de um modelo excludente, que não combate às desigualdades nem fortalece o desenvolvimento social e econômica da cidade”, criticou o parlamentar.
Além da má colocação no ranking, Salvador lidera uma série de indicadores negativos. A cidade tem a maior taxa de desemprego entre as capitais do Nordeste, segundo o IBGE; é a segunda capital menos arborizada do Brasil; e lidera o ranking nacional de moradores em ruas sem calçadas. Também se destaca negativamente pela baixa cobertura da atenção básica em saúde e aumento da população em situação de rua.
“Essa política do asfalto e da maquiagem esconde a dura realidade da maioria dos soteropolitanos. É preciso governar para o povo, não para a propaganda e para os amigos”, enfatiza o deputado do PT.
Outro dado alarmante, observado por Robinson, é o da desnutrição infantil: em 2021, 4,03% das crianças de até 5 anos estavam desnutridas, o pior índice entre as capitais brasileiras. O parlamentar também denuncia a ausência de investimentos em creches e educação de tempo integral nos bairros populares, aprofundando a desigualdade social. “Salvador deveria ser locomotiva, mas virou símbolo de desigualdade. Essa gestão do União Brasil serve aos poucos e exclui muitos”, refletiu o deputado.
Para ele, Salvador deixou de ser referência em desenvolvimento e passou a representar a “falência de um projeto político que privilegia obras de fachada” em detrimento da qualidade de vida da população. “O resultado está aí: uma capital que acumula títulos vergonhosos e deixa seu povo à margem, sem oportunidades, sem ônibus, educação e saúde nos bairros, sem qualidade de vida”, concluiu Robinson Almeida.