Em audiência pública realizada em Feira de Santana, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) apresentou o projeto de concessão das rodovias BR-324 e BR-116. A ViaBahia, atual administradora, encerra seu contrato em 15 de maio.
A nova concessão, com duração prevista de 30 anos, pode elevar o custo do pedágio entre Salvador e Feira de Santana para R$ 25,00, valor considerado excessivo por parlamentares. Atualmente, o trajeto conta com duas praças de pedágio, totalizando cerca de R$ 7,00, mas o novo modelo prevê a instalação de mais duas.
Críticas ao projeto
O deputado Eduardo Salles (PP), presidente da Comissão de Infraestrutura na Assembleia Legislativa, cobrou mais transparência da ANTT.
“A nova concessão precisa ser técnica, transparente, participativa e justa. Chega de contratos abusivos e promessas vazias. É inadmissível que o processo de relicitação já esteja em curso antes mesmo da devolução formal da atual concessão. A pressa só favorece novos erros”, criticou Salles.
O deputado Robinson Almeida (PT) também demonstrou indignação com os valores projetados para o trecho. “A ANTT quer empurrar goela abaixo do povo baiano um novo modelo de concessão das BRs 116 e 324 que pode aumentar o pedágio para até R$ 25 entre Salvador e Feira. Isso é inaceitável”, afirmou o parlamentar.
Rota 2 de Julho
A nova concessão, batizada de Rota 2 de Julho, prevê R$ 24 bilhões em investimentos em infraestrutura e segurança ao longo dos 30 anos de contrato. A concessão abrange 663 quilômetros de rodovias, incluindo Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista. Estão previstas duplicações, novas faixas, passarelas, viadutos e vias laterais.
Foto: Divulgação/ANTT