sexta, 02 de maio de 2025
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CRIAÇÃO DE VAGAS NOS EUA TEM LEVE DESACELERAÇÃO EM ABRIL; TAXA DE DESEMPREGO SEGUE EM 4,2%

João Paulo - 02/05/2025 11:40 - Atualizado 02/05/2025

A criação de vagas de emprego nos Estados Unidos teve leve desaceleração em abril, conforme as perspectivas para o mercado de trabalho se tornam cada vez mais sombrias já que a política tarifária agressiva do presidente Donald Trump aumenta a incerteza econômica. A economia dos EUA abriu 177.000 vagas de emprego fora do setor agrícola no mês passado, após 185.000 em dado revisado para baixo em março, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório de emprego nesta sexta-feira.

Economistas consultados pela Reuters previam 130.000 empregos criados no mês passado, depois de 228.000 em março conforme relatado anteriormente. As estimativas variaram de 25.000 a 195.000 vagas abertas. A economia precisa criar cerca de 100.000 empregos por mês para acompanhar o crescimento da população em idade ativa. A taxa de desemprego se manteve estável em 4,2%. O relatório é retrospectivo e ainda é muito cedo para que o mercado de trabalho mostre o impacto da política de tarifas de Trump. Uma enxurrada de importações, já que as empresas tentaram se antecipar às tarifas, pesou sobre a economia no primeiro trimestre.

O anúncio das tarifas no “Dia da Libertação” de Trump, em 2 de abril, deu início à imposição de taxas abrangentes sobre a maioria das importações dos parceiros comerciais dos Estados Unidos, incluindo o aumento das taxas sobre produtos chineses para 145%, desencadeando uma guerra comercial com Pequim e apertando as condições financeiras. Posteriormente, Trump adiou as tarifas recíprocas mais altas por 90 dias, o que, segundo economistas, foi essencialmente uma pausa em toda a economia, pois deixou as empresas em um estado de paralisia e arriscou uma recessão se não houver clareza em breve.

Em meio à incerteza, a expectativa é de que o Federal Reserve mantenha os juros de referência na faixa de 4,25% a 4,50% na próxima semana. Economistas esperam que as empresas reduzam as horas de trabalho antes de recorrerem a demissões. A maioria dos economistas prevê que o impacto das tarifas poderá se tornar evidente até meados do ano em dados como de emprego e inflação.

Imagem de sigre por Pixabay

 

 

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