O presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), ressaltou nesta segunda-feira (28) a importância do trabalho da oposição no Legislativo, mesmo com a predominância da base governista na Casa.
“Tem um lado positivo e um lado negativo. Eu valorizo a oposição, é preciso ter um contraditório […] a oposição, quando ela mexe em algum projeto que vem do Executivo, quando ela quer fazer uma emenda, quer fazer algo, ela faz aquilo ali para melhorar o projeto. Então, eu acho que nós temos que ter e respeitar uma oposição forte. Com certeza, o contraditório dela vai ser para melhorar a vida do povo”, afirmou Muniz, em entrevista à Rádio Metropole.
Ele também comentou sobre a abertura do Executivo às sugestões da oposição. “Em alguns casos, Bruno Reis aceita com tranquilidade. Ele aceita algumas emendas e outras são rejeitadas no plenário da Câmara. O que é que eu costumo dizer à oposição, quando me reúno em relação a qualquer projeto com eles? Eu digo que eles podem ter certeza que as emendas que colocarem serão votadas. Eu não garanto aprovação, aprovação eles precisam trabalhar para obter”.
Muniz aproveitou a entrevista para abordar a crise no transporte público de Salvador. Segundo ele, o sistema enfrenta um déficit estrutural mesmo com o aumento da arrecadação nos últimos anos. “Não tem como lidar com o transporte público sem subsídios”, afirmou.
Ainda, Carlos defendeu um pacto federativo para reduzir custos e tarifas: “Se tiver um acordo entre governo federal, estadual e municipal em que todas as taxas e impostos sejam zerados, já diminui muito a passagem do ônibus”, e citou o metrô de Salvador como exemplo de transporte subsidiado e alertou sobre a necessidade de medidas urgentes para equilibrar o sistema rodoviário. “Novas medidas precisam ser tomadas para melhorias no sistema”, concluiu.
Foto: Valdemiro Lopes