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A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DA DOENÇA DE PARKINSON

João Paulo - 28/04/2025 11:20

Abril é reconhecido como o mês mundial de conscientização sobre a doença de Parkinson. Por esse motivo, é fundamental chamar a atenção, ampliar o debate e promover informação para os tratamentos existentes, importância dos exercícios físicos e da alimentação, futuro do transtorno e também nos alertas que a doença nos dá. Baseando-se nesses sinais, torna-se possível fazer o diagnóstico precoce e permitir o controle e acompanhamento adequado, desde o estágio inicial.

Segundo o neurologista Dr. Gabriel Xavier, especialista no transtorno de Parkinson, identificar a condição logo nos estágios iniciais é determinante para que o paciente mantenha a qualidade de vida. “Quanto antes for determinado o diagnóstico mais rapidamente as estratégias terapêuticas poderão ser instituídas. Apesar do tratamento atual não reduzir a perda de neurônios, já foi comprovado que os pacientes que são tratados precocemente evoluem melhor e com maior manutenção da funcionalidade.”, explica.

Além do tratamento medicamentoso e intervenções clínicas, o acolhimento emocional, o apoio familiar, e da sociedade desempenham papel fundamental na vida de quem convive com o Parkinson. “É essencial desmistificar o Parkinson. Com acompanhamento especializado e um plano de tratamento eficaz, é possível ter uma vida normal e com qualidade. Não há mais espaço para se pensar que ao receber o diagnóstico da doença a pessoa vai se limitar e deixar de realizar suas atividades, muito pelo contrário. Deve-se estimular que o portador de Parkinson mantenha sua funcionalidade, além de permitir sua socialização tendo respeito com qualquer limitação que a doença possa trazer.”.

O Dr. ainda chama a atenção que o tratamento de Parkinson é multidisciplinar e envolve diversas áreas dentro da saúde. Portanto, a presença de educadores físicos, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos e nutricionistas são fatores fundamentais. “Todos esses profissionais são extremamente úteis no processo, e agem como complemento do trabalho do outro. Enquanto a cura não chega, vamos nos apoiando no que já está comprovado pela ciência. Essa abordagem integrada promove não só um melhor controle dos sintomas, mas manutenção a autonomia, autoestima e qualidade de vida do paciente ao longo de toda a jornada com a doença”, finaliza o neurologista.

Dados sobre o Parkinson

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a Doença de Parkinson afeta mais de seis milhões de pessoas em todo o mundo, sendo a segunda condição neurodegenerativa mais prevalente, atrás apenas do Alzheimer. No Brasil, o Ministério da Saúde, estima-se que entre 200 mil e 250 mil brasileiros convivam com o Parkinson, em sua grande maioria, em pessoas acima dos 60 anos.

Sobre o Dr. Gabriel Xavier

Neurologista especializado em Parkinson e transtornos de movimento, o Dr. Gabriel Xavier já atuou nos principais hospitais da Bahia, como o Hospital Geral Roberto Santos, Hospital Cardiopulmonar da Bahia, Hospital São Rafael, e Hospital Aliança. Com mais de 10 anos de atuação, se graduou em medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), fez residência de neurologia na Santa Casa de Misericórdia da Bahia, e se especializou através do Fellowship em Distúrbios do Movimento e Neurologia Cognitiva Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. CRM 26506 l RQE 15169.

Crédito da imagem 1: Acervo do Dr. Gabriel Xavier;

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