O Colégio Estadual Luiz Rogério de Souza, localizado no bairro de Plataforma, em Salvador, vem passando por um processo de renovação por meio do projeto “Escola de excelência”. A iniciativa, que envolve toda a comunidade escolar, busca fortalecer a convivência, reestruturar os espaços físicos e promover novas práticas pedagógicas que valorizem o protagonismo dos estudantes e professores. Para isso, são desenvolvidas ações como oficinas culturais, requalificação de ambientes, rodas de conversa, projetos de leitura e atividades interativas, com o objetivo de promover uma escola mais participativa.
Idealizado pelo diretor da unidade, Marconi de Jesus, e pelo vice-diretor, Rodolfo Regis, o projeto se estrutura em três pilares que se complementam. O primeiro envolve mudanças estruturais na escola, como a climatização das salas de aula e a criação de espaços acolhedores. O segundo promove transformações culturais, com ações que estimulam uma nova forma de enxergar a escola como um ambiente democrático e participativo. Já o terceiro pilar propõe mudanças pedagógicas, que desafiam a escola a repensar profundamente suas práticas de ensino e aprendizagem.
“Nosso objetivo foi todo pautado em uma crença de Paulo Freire de que a educação transforma e que o sucesso desse pensamento muda vidas e alavanca a sociedade para uma nova realidade, gradativamente mais justa e igualitária. A caminhada é longa, mas esperamos ter contribuído um pouco nesse percurso. Eu costumo dizer que nós somos vendedores de sonhos, porque assim conseguimos fazer com que o estudante almeje um futuro melhor”, afirma o diretor Marconi.
Parte da reestruturação do colégio também contou com o apoio direto de ex-alunos da unidade, que contribuíram ativamente em melhorias como a pintura dos espaços e a aplicação de boxes nos banheiros. A escola passou a contar com salas plotadas com imagens e frases de personalidades que marcaram a história da Bahia e da Educação, reforçando o compromisso com a identidade e o pertencimento. A execução do projeto também possibilitou a implantação de novos uniformes para os funcionários e a realização de treinamentos voltados ao relacionamento interpessoal, fortalecendo o cuidado com o clima organizacional e a qualidade das relações no ambiente escolar.
Como parte do projeto, diversas ações culturais também têm movimentado a rotina do colégio e contribuído para esse novo ambiente. Oficinas de dança, música e horta; o Clube do Livro; gincanas culturais; jogos interclasse, o jornal pedagógico “Fora da Caixinha” e a Rádio Escola fazem parte da programação. O ex-aluno da unidade e atual responsável pela oficina de rádio, Júnior Almeida, destaca o impacto dessa vivência. “A oficina vai além da rádio. A gente trabalha com música, vídeo, percussão, violão, e tudo isso ajuda os alunos a se envolverem mais com a escola. Eles aprendem, se divertem e se sentem parte de algo que é deles. A rádio tem sido uma ferramenta de escuta, voz e pertencimento. Aqui, os estudantes aprendem que podem ocupar espaços com liberdade e responsabilidade”.
Foto: Elisabeth Guerra/Secretaria da Educação do Estado da Bahia