Em fevereiro, a Bahia registrou 325.550 empresas inadimplentes, segundo o Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil. O volume representa 30,3% do total de empresas ativas no estado. O levantamento também mostrou que o ticket médio das dívidas foi de R$ 2.826,88 somando um total de aproximadamente R$ 5,3 bilhões em débitos negativados. Em média, cada empresa possuía seis dívidas em aberto no período analisado.
No cenário nacional, o número de companhias inadimplentes foi de 7,2 milhões em fevereiro, segunda alta do ano e a maior já registrada desde o início da série histórica do indicador. Esse total representa 31,6% das empresas existentes no país. O valor das dívidas somadas também bateu recorde e ultrapassou R$ 164,2 bilhões — o maior volume desde o início do levantamento. Em relação a janeiro, o crescimento foi de R$ 9,3 bilhões. Em média, cada CNPJ teve cerca de 7,3 contas negativadas no período.
“Esse é o segundo mês consecutivo de alta na inadimplência entre as empresas, o que reforça os sinais de dificuldades financeiras em um cenário marcado por juros elevados, restrição ao crédito e desaceleração econômica”, avalia a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack.
Ainda segundo o indicador, a maior parte das empresas negativadas eram do segmento de “Serviços”, que liderou com 52,8%, seguido por “Comércio” (35,0%), “Indústria” (8,0%), “Outros” (3,3%), que contempla negócios “Financeiro” e do “Terceiro Setor”, e “Primário” (0,1%). Já em relação ao setor das dívidas, a maioria foi inadimplida no segmento de “Serviços” (31,6%) e a minoria no de “Securitizadoras” (1,1%).
Na visão por regiões, o ranking dos três estados com a maior taxa de inadimplência das empresas do país em agosto foi constituído por: Alagoas (40,9%), Distrito Federal (40,4%) e Pará (39,4%). Já os estados que registraram a menor taxa de contas em atraso foram Espírito Santo (24,9%), Piauí (24,8%) e Santa Catarina (24,2%).
Do total de 7,2 milhões de empresas inadimplentes em fevereiro, 6,8 milhões eram do porte de “micro e pequenas” que, juntas, acumularam mais de 47,2 milhões de dívidas, totalizando um valor devido superior a R$ 141,6 bilhões. Isso indica uma média de 7 contas atrasadas por CNPJ no Brasil.
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