Com o intuito de incentivar a cultura e o acesso à leitura aos soteropolitanos, um projeto de indicação tramita na Câmara de Vereadores de Salvador para transformar o tradicional Sebo Brandão em uma biblioteca pública municipal. O espaço, que funcionou durante 55 anos no centro da capital baiana, fechou as portas no ano passado.
O prédio foi fundado em 1969 e conta com uma área física de quase 400m², possuindo mais de 80 mil exemplares que abrangem obras clássicas e contemporâneas de diversas áreas do conhecimento; e por anos ficou conhecido como como o endereço dos antiquários.
De acordo com a proposição, a biblioteca pública “vai democratizar o acesso ao livro e à leitura para toda a população, especialmente para estudantes e pesquisadores que dependem de espaços acessíveis para consulta e estudo. Bem como vai contribuir para a recuperação do Centro Histórico de Salvador com a valorização do patrimônio cultural”, diz o texto.
O autor do projeto e vereador João Cláudio Bacelar (Podemos) justifica que a requalificação do espaço ajudará a suprir o déficit de bibliotecas públicas da capital baiana, além de auxiliar no desenvolvimento intelectual dos munícipes e incentivar o turismo literário e acadêmico na cidade, uma vez que o espaço abriga raridades que incluem títulos de todo o mundo, da medicina popular aos clássicos e edições únicas de diversos escritores, até mesmo desconhecidos.
“Vamos promover o hábito da leitura e resgatar essa lacuna cultural e educativa com um justo aproveitamento de um espaço icônico para diversas gerações da nossa cidade. Com a preservação histórica e arquitetônica vamos poder atrair também a realização de palestras, oficinas, eventos para lançamentos de livros e exposições captando uma legião de amantes da literatura. Isso beneficiará ainda o desenvolvimento na economia com a entrada de investimentos por parte de editoras e autores independentes, bem como do público desse segmento”, justifica Bacelar.
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