Durante a cerimônia de assinatura do termo de compromisso do programa Bolsa-Atleta Salvador 2025, realizada nesta segunda-feira (14) no Teatro Sesc – Casa do Comércio, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) rebateu as especulações sobre a recente presença intensificada de ACM Neto, antigo gestor da capital baiana, no interior da Bahia. Segundo ele, a movimentação não tem relação com as ações do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Em conversa com a imprensa, Reis defendeu a atuação do ex-prefeito nas campanhas e criticou a narrativa construída pela oposição, classificando-a como uma “cortina de fumaça”. Bruno afirmou que essa estratégia tenta esconder os reais desafios enfrentados pela população diante da ausência de respostas do governo estadual.
“Todos os municípios que solicitaram a presença, Neto esteve presente, chegando junto. Sabe o quanto o povo está dando importância para isso? Nada. O governo está preocupado em criar uma cortina de fumaça. Não é essa a avaliação que a população faz”, rebateu Bruno.
“A população quer saber quem vai resolver seus problemas. Quem vai abaixar o preço do ovo, do café, quem vai dar picanha, quem vai efetivamente transformar o estado, quem vai gerar emprego e renda. Meu filho que fez 20 anos só foi governado pelo PT. Essa juventude na hora certa vai se levantar, vai apostar em outro governo, em algo diferente”, acrescentou.
O prefeito também apontou lentidão na execução de projetos estaduais. “Eu acho que o povo vai ver isso, vai fazer análise em 2026 sobre quais são os seus problemas e quem pode mudar. Até a Ferrovia Oeste-Leste parou. Não vou falar de ponte Salvador-Itaparica, não vou falar de Porto Sul, porque esses projetos estão sem uma pedra colocada mesmo depois de 20 anos. Em vez de estar preocupado com Neto, deveria estar preocupado com o povo, com o que o povo acha da gestão dele”, afirmou.
Bruno ainda comentou os elogios do ex-governador César Borges a Jerônimo, feitos durante visita a Jequié. “Confesso publicamente que é difícil encontrar uma pessoa tão cortês, amiga, aberta e de conversa fraterna como o senhor”, disse Borges na ocasião.
Sobre isso, Bruno avaliou: “Opinião dele. Ele fez elogios pessoais. Ninguém nega esses atributos do governador, de ser uma pessoa de bom trato. E a gente não escolhe um governador ou um gestor por ele ser uma pessoa de bom trato”.
Ele reforçou que a capacidade de entrega deve ser o principal critério nas eleições. “A gente escolhe quem efetivamente é preparado, quem é o melhor para governar, quem quando no exercício do cargo faz mais entregas, mais realizações, mais ações. Mas eu acho que é isso. Não vai ser o jeito ou a forma que o governador tem de lidar com as pessoas que vai decidir em 2026”, finalizou.
Foto: Valter Pontes/ Secom PMS
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