Nesta terça-feira (8), o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo e o secretário-executivo do órgão, Rogério Lucca durante uma audiência na CPI das Apostas Esportivas do Senado, informaram que os brasileiros gastam em média de R$20 bilhões a R$30 bilhões por mês com bets.
“Existe uma classificação para atividade econômica de apostas, e, com base nessa identificação, agora com dados mais concretos, a gente ratificou esse valor de R$20 bilhões, e mais recentemente podendo chegar até R$30 bilhões por mês. Então, hoje em dia, durante este ano, de janeiro a março, esse valor que a gente acompanha para efeito de atividade gira em torno de R$20 bilhões a R$30 bilhões por mês”, afirmou o secretário Rogério Lucca.
A audencia procura estudar medidas contra o superendividamento de apostadores e investigar sites irregulares e a possível ligação das bets com o crime organizado
Bolsa família
De acordo com Galípolo, o BC não tem poderes legais para impedir o uso de recursos do Bolsa Família e do Beneficio de Prestação Continuada (BPC) nas bets.
“Cabe ao BC obedecer o comando legal que recebe do legislador. Como é que, estando o dinheiro na conta, é possível fazer alguma segregação. São estudos que estão sendo desenvolvidos pela secretaria de Prêmio e Apostas do Ministério da Fazenda. O BC vai fazer aquilo que o comando legislativo determinar”, declarou o presidente do BC.
Ele destacou que as s transferências e pagamentos feitos por meio do PIX são protegidas pelo sigilo bancário, e acrescentou que a proteção desses dados é “essencial para o bom funcionamento da economia”.
“Estando cobertos pelo sigilo bancário. Estou legalmente impedido de apresentar dados ou elementos de informações processadas no âmbito do PIX, de partes pagadoras e recebedoras”, afirmou Gabriel Galípolo, presidente do BC.
De acordo com ele, o Banco Central não dispõe de competência legal para fiscalizar ou aplicar sanções a apostas de quota fixa realizadas com empresas não autorizadas a exercer essa atividade.
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