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DRONES AGRÍCOLAS ABREM NOVAS OPORTUNIDADES DE EMPREGO E RENDA

João Paulo - 07/04/2025 08:00 - Atualizado 07/04/2025

A profissão de piloto de drones tem crescido no setor agropecuário. Seja em plantações de milho, soja, banana ou feijão, os drones estão substituindo ou complementando equipamentos agrícolas tradicionais com mais precisão, economia e agilidade. E tudo isso tem aumentado a demanda por pilotos qualificados, principalmente em regiões como o oeste baiano, Juazeiro e o chamado CEALBA (Bahia, Sergipe e Alagoas).

Segundo Mauro Abram, que está à frente da Drone Solutions, empresa baiana que atua com capacitação e consultoria, o interesse por drones agrícolas cresceu tanto que já virou tendência. Na avaliação dele, o drone aumentou muito a produtividade no campo e abriu espaço para novos profissionais. “Desde 2019, já formamos mais de 300 pilotos de drones profissionais. Temos cursos para diferentes perfis: segurança patrimonial, cinefoto, inspeção, engenheiros, arquitetos, agrônomos, além de treinamentos corporativo”, conta.

A Drone Solutions começou sua trajetória no setor agro por volta de 2015, quando o mercado de drones ainda dava os primeiros passos no Brasil. Hoje, oferece cursos profissionalizantes com aulas teóricas online e parte prática presencial. Segundo Mauro, o investimento inicial para quem quer começar gira em torno de R$ 5 mil, considerando um equipamento profissional de entrada e o curso básico. Para quem deseja trabalhar com pulverização de defensivos agrícolas, é obrigatório obter o certificado CAAR, emitido pelo Ministério da Agricultura.

“Para operar drones de forma legal no Brasil, é preciso conhecer as regras do espaço aéreo. Atualmente, drones podem voar até 120 metros de altura e sempre sob contato visual do piloto. No caso dos drones agrícolas, que geralmente passam de 25 kg, houve avanços recentes na legislação (ICA 140), permitindo voos com drones maiores mesmo para pilotos com habilitação básica, desde que em ambiente rural e para fins agrícolas”, explica.

“Um piloto iniciante pode começar ganhando cerca de R$ 3 mil por mês, mas com experiência, domínio técnico, conhecimento de produtos agrícolas e atuação mais estratégica dentro da fazenda, o profissional pode chegar a R$ 10 mil mensais”, completa Mauro. A orientação que ele dá para quem pensa em entrar na área é começar pelo básico, fazendo um curso de piloto profissional e investindo em um drone com capacidade profissional na faixa de R$ 4 mil a R$ 5 mil. “Mas atenção: quem quiser trabalhar com pulverização precisa estar próximo de regiões agrícolas, como o oeste da Bahia ou Juazeiro, onde estão as grandes lavouras”, finaliza. (Correio)

Crédito: Crédito: Divulgação

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