A negociação entre os bancos credores da Novonor (ex-Odebrecht) e a Petrobras pelo controle da Braskem avança e já discute, neste momento, aspectos de governança com a Petrobras dentro do plano alternativo à venda da petroquímica. A informação é da coluna Broadcast.
Entre as propostas que estão na mesa está dar à Petrobras capacidade de participar do processo de indicação de um novo CEO da Braskem na futura gestão compartilhada da companhia.
Atualmente, que indica o CEO é a Novonor. A Petrobras é a segunda maior acionista da Braskem e sempre quis participar da mais ativamente da administração da petroquímica.
Nesse sentido, a busca do profissional seria feita por meio de um headhunter, e a escolha, consensualmente por ambos os lados, para posterior ratificação pelo Conselho de Administração. Um novo acordo de acionistas também é discutido.
Um memorando de entendimento entre os bancos credores e a Petrobras envolvendo um controle compartilhado da Braskem deve ser divulgado nos próximos meses e a expectativa é de que um acordo final seja fechado até o final do ano.
Os bancos têm a fatia de controle da Novonor na Braskem como garantia de empréstimos concedidos à Odebrecht no passado e o plano é converter essas garantias e alocá-las em um fundo de investimento em participações (FIP). A dívida da Novonor com Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) supera R$ 15 bilhões. O valor de mercado da Braskem é de pouco mais de R$ 9 bilhões
A ideia dos bancos é esperar que esses papéis se valorizem antes de seguir com a venda da fatia.
A Novonor poderia ter ainda alguma participação, mas perderia o direito de indicar diretores.
Os bancos e a Petrobras não comentam o assunto.