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ESTRATÉGIAS CONTRA IMPACTOS DA SECA PROLONGADA E PANORAMA HÍDRICO DA BAHIA SÃO DISCUTIDAS

LUIZA SANTOS - 28/03/2025 15:41

O Comitê Governamental de Convivência com o Semiárido Baiano se reuniu, nesta quinta-feira (27), no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador, para discutir estratégias contra os impactos da seca prolongada e avaliar o panorama hídrico do estado. No encontro, a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) apresentaram diagnósticos ambientais detalhados sobre as condições meteorológicas e hidrológicas da Bahia, essenciais para o monitoramento da estiagem e o planejamento de ações emergenciais e de longo prazo.

A reunião, coordenada pela Casa Civil do Estado, deu destaque ao levantamento técnico do Inema, que abordou as condições climáticas e hidrológicas da Bahia, fundamentais para o planejamento das ações do Comitê. A diretora-geral do Inema, Maria Amélia Lins, ressaltou a importância da integração entre os diversos setores no enfrentamento da crise hídrica. “Nosso papel é atuar como facilitadores técnicos, elaborando protocolos que conciliam a preservação ambiental e as demandas da população, sempre pautados por dados científicos e pela legislação vigente”, afirmou.

Durante a apresentação do Inema, a meteorologista Cláudia Valéria apresentou uma análise detalhada das condições climáticas do estado, que enfrenta uma estiagem prolongada, com chuvas abaixo da média nos últimos três meses e previsão de precipitações reduzidas para o próximo trimestre. “Os principais centros de climatologia indicam o fim do fenômeno La Niña, e essa transição, combinada com outros fatores, aponta para a continuidade das condições secas nos próximos meses”, alertou. Cláudia destacou ainda o objetivo do Inema de ampliar a distribuição de informações meteorológicas em tempo real, garantindo respostas rápidas em situações emergenciais e um planejamento mais eficiente do estado.

O diretor de Recursos Hídricos e Monitoramento Ambiental do Inema, Antônio Martins, apresentou as ações realizadas em 2024 na sub-bacia do Rio Utinga, destacando a importância da coleta de dados e do monitoramento contínuo para a construção de soluções mais eficazes diante da crise hídrica. Ele ressaltou que os resultados dessas ações, além de contribuir para o diagnóstico ambiental, serão essenciais para o desenvolvimento de estratégias mais assertivas e coordenadas no Comitê. “Esses dados fornecem a base necessária para o planejamento de ações preventivas e mitigatórias, garantindo uma resposta mais ágil e eficaz aos impactos da seca”, explicou.

Com 70% de seu território situado no semiárido, a Bahia enfrenta desafios contínuos para garantir o abastecimento de água e apoiar os pequenos produtores rurais. Para Tiago Porto, superintendente de Políticas e Planejamento Ambiental da Sema, a prevenção de crises climáticas e hídricas depende diretamente de diagnósticos precisos que transformam dados em ações concretas. “Ao integrar informações e ações de diferentes secretarias, o Comitê poderá atuar de forma mais eficaz, minimizando os impactos climáticos na Bahia”, ressaltou.

Foto: Mateus Lemos/Inema

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