O Baiano, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, ainda não confirmou a saída de Dorival Júnior do comando da Seleção Brasileira, mas já tem planos para o futuro. Segundo reportagem do Globoesporte.com, a Confederação pode ter que decidir entre escolher um treinador agora, tampão, até o final do Mundial de Clubes, quando o Italiano Carlo Ancelotti, topou negociar e é o nome preferido da confederação, ou escolher alguém para assumir o cargo agora.
Em resumo, esse é o dilema que terá que enfrentar ao longo desta quinta-feira para definir os rumos da seleção brasileira. Em xeque está o emprego não somente de Dorival Júnior, mas de todo o departamento de seleções, desde o diretor Rodrigo Caetano até a comissão de campo. O presidente da CBF marcou para a próxima sexta-feira uma reunião com Dorival e Caetano, na parte da tarde, na sede da entidade, para avaliar o trabalho após a derrota por 4 a 1 para a Argentina e ditar rumos para o futuro breve. Carlo Ancelotti é novamente o desejo de Ednaldo e conversas já estão em andamento com o italiano.
O cenário natural diante desta retomada seria a demissão imediata para encerrar um trabalho desgastado e mal avaliado, mas a necessidade de esperar até o fim do Mundial de Clubes pelo técnico do Real Madrid gera o dilema. Recolocar Ramon Menezes como interino não é a intenção neste momento. A percepção da diretoria da CBF é de que o presidente ficaria ainda mais exposto e suscetível a cobranças até os jogos contra Equador e Paraguai em junho. Por isso, há quem defenda esticar a corda com Dorival até a próxima convocação, garantindo a vaga na Copa do Mundo (o Brasil precisa de quatro pontos para isso), com tempo para conduzir as conversas com Carlo Ancelotti.
A decisão, por sua vez, é individual de Ednaldo, que avalia prós e contras em uma relação de evidente desgaste. O que se sabe é que o que for definido não vai se restringir a Dorival e sua comissão de campo. Todo o organograma do departamento de futebol, que também iniciou o trabalho para Data Fifa de março de 2024, está em xeque, passando por nomes como Rodrigo Caetano, o gerente Cícero Souza, o supervisor Sérgio Dimas, o ex-zagueiro Juan e todos os profissionais que chegaram na mudança de rumos após a demissão de Fernando Diniz.
A quinta-feira será de debates importantes nos corredores da sede da CBF no Rio de Janeiro para que a escolha entre dar sobrevida a Dorival – mesmo que de olho em Ancelotti – ou decretar a ruptura imediata seja feita. Os episódios de 2023 pesam nesta balança, quando o italiano tinha conversas em andamento com a CBF e optou por permanecer no Real Madrid. Quebra-cabeça com peças na mesa e solução com data marcada: sexta-feira na parte da tarde, quando Ednaldo se posicionará após reunião com o treinador e o diretor de seleções.